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Após saída de Wassef

Novos defensores já foram sócios e atuaram na defesa de diversos oficiais processados pelo MPF

Os advogados Luciana Pires e Rodrigo Roca assumiram a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) nas investigações sobre a prática de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio. Até então, a defesa era feita por Frederick Wassef.

Flávio e Queiroz são investigados por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa pelo Ministério Público do Rio. Na quinta-feira passada, o ex-segurança do senador, Fabrício Queiroz, foi preso em um sítio de Wassef em Atibaia, no interior de São Paulo.

O GLOBO apurou que Luciana Pires e Flávio Bolsonaro se conhecem há mais de dez anos, desde o tempo em que ela trabalhou para a ex-deputada Cidinha Campos. No entanto, o que teria sido decisivo para que o Planalto concordasse com o nome da dupla de advogados foi a atuação deles em defesa de militares acusados por crimes cometidos durante a ditadura.

Ela e Roca já foram sócios e atuaram na defesa de diversos militares que foram processados pelo Grupo de Justiça de Transição do Ministério Público Federal no Rio (MPF) desde 2014. Para o grupo de procuradores, alguns dos crimes cometidos na ditadura configuram crimes contra a humanidade e, por isso, não são passíveis de anistia.

Luciana, por exemplo, defendeu o general Nilton Cerqueira denunciado por seu envolvimento no atentado do Riocentro. Já Roca advogou para o general reformado José Nogueira Belham, acusado pelo assassinato e ocultação do cadáver do deputado federal Rubens Paiva em janeiro de 1971.

Em nota divulgada na manhã desta segunda-feira, 22, a assessoria do senador confirmou que “Rodrigo Roca é o novo advogado do senador Flávio Bolsonaro”. A nota afirma ainda que “a advogada Luciana Pires já estava no eleitoral e no HC que será julgado quinta-feira. Com a saída de Frederick Wassef, os dois passam a atender o parlamentar”. (Com informações de O Globo)