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Walmir Oliveira da Cunha elogiou atendimento recebido no Hugo e agradeceu apoio recebido por diversas instituições

Reprodução/Facebook
Reprodução/Facebook

O advogado Walmir Oliveira da Cunha, gravemente ferido após explosão de uma bomba em seu escritório de advocacia, em Goiânia, divulgou nesta quinta-feira (21/7), uma carta em que informa ter recebido alta do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).

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No comunicado, o advogado agradece a todos que torceram por sua recuperação, e destaca o apoio recebido por diversas instituições, além do atendimento oferecido pela unidade de Saúde em que ficou internado. “De início, a intenção de minha família era transferir-me para um hospital particular, mas percebeu que tal medida era desnecessária”, relata.

Walmir também afirma na carta enviada à imprensa que o atentado apenas o fortaleceu, e garante que continuará com a missão de “assegurar os direitos” daqueles que o procuram.

“Em meio a atos de covardia, a gente encontra a solidariedade, a compaixão e o amor ao próximo, valores que nos motivam a continuar acreditando que o mundo pode ser melhor”, finaliza. Confira abaixo a carta na íntegra:

Recebo alta do HUGO, seis dias após o atentado ocorrido dentro de meu escritório, que impactou os goianienses e os brasileiros. Esse é um momento de expressar a minha gratidão a Deus, em primeiro lugar, por nos dar o dom da vida e nos permitir continuar nossa trajetória. E a todos que, direta ou indiretamente, me socorreram, me atenderam e, desde então, estão prontamente a serviço de minha segurança. Agradeço ainda a todas as orações, vindas de todos os credos, e vibrações positivas pela minha pessoa.

Quero também, agradecer imensamente a todos os profissionais do Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO), desde a equipe de enfermagem, que sempre foi muito atenciosa e prestativa; os maqueiros, sempre muito simpáticos; os médicos, muito competentes, e toda a direção, que me tratou com muita dignidade. Meu elogio é extensivo a todos do HUGO, irrestrito quanto à qualidade do atendimento.

Agradeço, em especial, aos médicos Thiago de Oliveira Coelho e Rodolfo Rovagnol Cambota, que me socorreram no momento mais crítico ao chegar ao HUGO. Recebam também a minha gratidão todos os demais que me deram auxílio, como psicólogas, terapeutas ocupacionais e tantos outros que me apoiaram, foram muito importantes ao longo destes dias.

De início, a intenção de minha família era transferir-me para um hospital particular, mas percebeu que tal medida era desnecessária. Temos em Goiás um centro de referência que, além da excelência técnica, também dedica um atendimento humanizado aos pacientes. Uma feliz constatação que compartilho com toda sociedade goiana.

Meus agradecimentos também a todas as instituições, como Polícia Militar, que tem garantido a minha segurança; Polícia Civil, que não tem medido esforços na investigação deste atentado; esquadrão antibombas da Polícia Federal; Secretaria de Segurança Pública, Corpo de Bombeiros, Unimed e Conselhos da Ordem dos Advogados do Brasil, em níveis Federal e Estadual, que estão tomando frente nas investigações e apurando esta grave violação aos direitos dos advogados que, por consequência, atinge também a toda sociedade.

Meus sinceros agradecimentos ainda a todos meus familiares, amigos e aqueles que se solidarizaram comigo. Este atentado, digo mais uma vez, apenas fortaleceu, dentro do meu coração, a minha missão, que é assegurar os direitos daqueles que a mim procuram.

E aqui vai também o reconhecimento aos vizinhos do escritório que, ao ouvirem o estrondo da bomba, imediatamente correram para me auxiliar e fizeram os primeiros chamados de emergência. Em meio a atos de covardia, a gente encontra a solidariedade, a compaixão e o amor ao próximo, valores que nos motivam a continuar acreditando que o mundo pode ser melhor.

Walmir Oliveira da Cunha

Atentado

O caso aconteceu na tarde da última sexta-feira (15/7), quando um mototaxista entregou uma encomenda destinada a Walmir. Segundo informações da Polícia Militar, o mototaxista chegou no escritório, tocou a campainha e disse que tinha uma encomenda para Walmir. A secretária chamou o advogado e pegou a caixa.

Quando o advogado abriu, percebeu que era uma caixa de uísque. Ao abrir o lacre, ouviu alguns bipes e percebeu que se tratava de uma bomba; tentou sair do escritório e nesse momento houve a explosão.