“Nesse momento é preciso construir a unidade e não ataques vazios, oportunistas e mentirosos”, diz sindicato, ao defender vacinação contra a Covid-19 antes da retomada das aulas presenciais

Sede da Adufg, em Goiânia | Foto: Divulgação

A diretoria do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) divulgou nota em repúdio às críticas feitas pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) sobre a campanha da Proifes-Federação, que defende a vacinação dos profissionais de ensino contra a Covid-19, antes da retomada das aulas presenciais.

“É inadmissível que o Andes realize ataques aos profissionais da educação da mesma forma que o governo Bolsonaro, preferindo polemizar ao invés de cumprir o seu papel na defesa da educação e da vida como um todo”, diz trecho do documento que é assinado pelo presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás, professor Flávio Alves da Silva.

Para a Adufg, causa estranheza o fato de uma entidade atacar uma mobilização que tem como principal objetivo preservar a vida da comunidade acadêmica. “Afinal, o Governo Federal já demonstrou, em outras oportunidades, o desejo de retomar as atividades presenciais em sala de aula sem vacinação em massa, o que colocaria em risco a vida de professores, estudantes, servidores e seus familiares”, argumenta o sindicato.

“Não é a primeira vez que o Andes deixa de cumprir o seu papel. Afinal, há 15 anos, a entidade não realiza nenhum acordo em prol dos profissionais da educação pública. Também não é a primeira vez que o Andes se posiciona de forma tão contraditória. Em 2016, por exemplo, a entidade apoiou ataques à democracia, se posicionou favorável ao golpe contra a presidente Dilma Rousseff e estruturou sua militância em acusações levianas e práticas vazias que não condizem com o espírito do sindicalismo brasileiro. A entidade também se posicionou contra o ensino remoto emergencial, modalidade tão importante neste momento de pandemia. Para o Andes, os estudantes estariam até hoje sem nenhum tipo de ensino.”

A diretoria alega ainda que a Proifes-Federação não quer que outros grupos prioritários fiquem de fora. “Ao defender que a educação seja elencada, a Proifes considera o contexto de grande contato dos docentes e demais profissionais da educação com grupos de alta incidência assintomática do vírus”, defende a nota.

“Além disso, ao contrário do Andes, a Proifes reconhece os esforços de milhares de profissionais da educação que estão expostos ao vírus, uma vez que lideram ou integram ações de combate à pandemia, seja na linha de frente ou no desenvolvimento de pesquisas. Entendemos ainda que nesse momento é preciso construir a unidade e não ataques vazios, oportunistas e mentirosos”, encerra o documento.