Adriana prega unidade do PT na escolha do pré-candidato, Luis Cesar diz que continua na disputa
08 março 2016 às 18h12

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Depois da desistência de três nomes no processo interno do Partido dos Trabalhadores pela sucessão do prefeito Paulo Garcia (PT), sobraram Adriana Accorsi e Luis Cesar Bueno no páreo

O prazo definido pelo Diretório Nacional do PT para que os interessados em serem pré-candidatos a prefeito em suas cidades se inscreverem, debaterem a viabilidade de seus nomes e realização das prévias partidárias será entre 5 e 15 de abril. Mas em Goiânia, de acordo com o deputado estadual Luis Cesar Bueno, presidente metropolitano da sigla, esse período pode ser antecipado para que o pré-candidato na capital seja anunciado até o final de março.
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De acordo com a deputada estadual Adriana Accorsi, que disputa a pré-candidatura do PT com Luis Cesar Bueno, seu trabalho será para que o partido defina ainda em março o nome que será indicado para disputar o cargo de prefeito em outubro, desde que seja por meio da unidade do Partido dos Trabalhadores.
Depois da desistência da ex-deputada federal Marina Sant’Anna, do ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira, e do deputado estadual Humberto Aidar, o PT tem demonstrado, ao menos nos apoios declarados esta semana, que o nome defendido para ser pré-candidata é o da delegada licenciada Adriana Accorsi.
A parlamentar recebeu o apoio de Humberto Aidar e do deputado federal Rubens Otoni. “Vejo que essa postura do deputado Humberto é justamente uma preocupação, um compromisso, com o partido e com o melhor andamento dessa situação de disputa interna”, afirmou Adriana.
Mesmo que tudo indique que a preferência dos políticos do PT goiano seja o nome de Adriana, Luis Cesar Bueno quer levar a decisão para a votação dos 6.250 filiados no partido em Goiânia. “Estou em campanha, estou debatendo. Eu ajudei a construir esse partido. Desses 6.250 filiados, ao longo de 30 anos, eu tenho uma parcela importante. Portanto, eu acho que estou calçado na base e na minha vida, no meu currículo, para disputar essa prévia”, declarou Luis Cesar.
Alianças
O presidente metropolitano do PT disse que o prazo de 15 dias dado ao PMDB ainda está em curso, o que será aguardado para discutir a continuidade dessa união, que hoje tem Paulo Garcia (PT) como prefeito e Agenor Mariano (PMDB) no cargo de vice.
Esse casamento eleitoral PT-PMDB começou, na capital, na reeleição para prefeito de Iris Rezende (PMDB), possível pré-candidato peemedebista esse ano, que se elegeu em 2008 com Paulo Garcia como vice-prefeito. “PMDB é um partido parceiro, tem sete ministérios em Brasília e o vice-presidente (Michel Temer)”, ressaltou Luis Cesar.
Adriana defende que a chapa petista para disputar o cargo de prefeito em Goiânia seja construída com alianças partidárias. “Nós buscaremos realizar alianças sim dentro do campo democrático e popular e faremos o possível para termos um vice de outro partido.”
Prejuízo eleitoral
O desgaste da imagem do PT com os desdobramentos da Operação Lava Jato, inclusive com a recente condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sexta-feira (4) para depor à Polícia Federal (PF), pode deixar vestígios na popularidade do partido nas eleições municipais de outubro em Goiânia.
De acordo com Humberto Aidar, Lula visitará Goiânia no período pré-eleitoral ou durante a campanha, como parte das viagens em que o ex-presidente visitará todas ou a maioria da capitais brasileiras.
O deputado Humberto Aidar considera que o perfil do eleitor brasileiro é o de escolher seu voto na figura do político e não diretamente pela sigla do candidato. Adriana Accorsi pensa da mesma forma que Humberto e defende o voto pela competência. “Eu acredito que o goianiense vota na pessoa que ele acredita que será o melhor gestor para a sua cidade independente de partido.”
Já Luis Cesar Bueno reclama do que aconteceu com Lula na última sexta. “O atentado, sequestro, do presidente Lula é inadmissível.O Lula sequer foi intimado, ele tem residência fixa, ele não tem paradeiro ignorado.” Para ele, a apuração dos crimes de corrupção deve atingir todos os envolvidos, “doa a quem doer”. “De quais são os partidos dos políticos envolvidos na Lava Jato? Garanto para você que são de todos os partidos.” (Com informações de Bruna Aidar)
