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Jovem, que tinha 13 anos, confessou que tinha intenção de assassinar outras duas garotas. Ele pode ser enviado a um centro de internação ainda nesta quinta-feira (24/8)

Foto: Reprodução

O adolescente de 13 anos apreendido em flagrante na última quarta-feira (24/8) depois de matar uma colega de escola um ano mais velha a facadas ficará internado por no máximo três anos pelo homicídio. Como ele é menor de idade, o caso será regido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que tem regras diferentes do Código Penal.

Na tarde desta quinta-feira (24), ele está no Juizado da Infância e Adolescência e seu caso, com o juiz Lionardo José de Oliveira, que, na opinião do delegado responsável pelo caso, Luiz Gonzaga Júnior, deve decidir pela sua internação provisória. O prazo é de até seis meses, prorrogáveis até que se atinjam no máximo três anos.

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Ele pode ser internado ainda nesta quinta-feira em um Centro de Internação Provisória ou em um Centro de Atendimento Socioeducativo, dependendo da disponibilidade de vagas. Até que ele possa ser levado para estes centros- em Goiânia ou em outra cidade – permanece na Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (DEPAI).

Questionado sobre o quadro mental do garoto, que confessou ter intenção de matar outras duas adolescentes, o juiz disse que essa discussão, se for feita, será durante o processo. “O juiz pode declarar um procedimento e ele vai ser ouvido por um psicólogo. Isso vai ser no processo”, explicou.

Entenda o caso

O crime ocorreu na tarde da última quarta-feira, no prédio onde moravam o jovem e a vítima, Tamires de Paula. Eles também estudavam juntos e estavam indo para lá quando ela foi morta. A garota encontrou o rapaz no elevador e, quando ele parou no quinto andar, foi arrastada pelo adolescente para a escada de incêndio.

Em depoimento ao delegado, o menino disse que sua intenção era matá-la com um golpe na cabeça, mas, como ela resistiu, resolveu esfaqueá-la. Logo após o homicídio, ele foi até a escola onde eles estudavam, procurou um coordenador e relatou o que havia ocorrido. Uma equipe do colégio acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi ao prédio com o rapaz, onde eles encontraram a garota, já morta, ainda na escadaria.

Além de confessar o crime ao delegado, ele ainda disse que tinha intenção de matar outras duas meninas da escola. O caso é de infracional análogo ao crime de homicídio e as vítimas, destaca, foram escolhidas porque, por serem mulheres, são mais vulneráveis. “Ele foi ouvido ontem, hoje de manhã também, mas na hora de passar pro papel, o advogado orientou que ele permanecesse em silêncio”, pontou Luiz.