“Acredito que o Governo não tem interesse em perder condição de atrair novas empresas”, afirma Mabel
29 junho 2019 às 08h54

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Presidente da Fieg revelou que não acha que Caiado vá propor redução de incentivos fiscais para se adequar às exigências de entrada no Regime de Recuperação Fiscal (RRF)

Em entrevista ao Jornal Opção, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, revelou que não acredita que o Governo de Goiás vá propor redução de incentivos fiscais para se adequar às exigências de entrada no Regime de Recuperação Fiscal (RRF).
“O governador não tem interesse em não ter condição de atrair novas empresas, ele está preocupado com isso e nos disse que essa primeira etapa é só uma autorização”, disse, ao ser questionado sobre o andamento de um projeto de Lei na Assembleia Legislativa, que permite que o Governo dispute a entrada no RRF e ganhe seis meses de fôlego sem precisar pagar dívidas com a União e os bancos.
A questão é que, após isso, Ronaldo Caiado (DEM) e sua equipe terão a missão de aprovar Leis que encaixem Goiás nas exigências do plano do Governo Federal. São oito e o Estado terá que aderir a pelo menos três para ser contemplado. Uma delas é a redução de incentivos fiscais, o que preocupa o setor empresarial, mas é possibilidade, a princípio, descartada por Mabel.
“Benefícios como os que englobam os programas Fomentar e Produzir não deverão ser reduzidos, porque eles fazem parte de um contrato e de convênios que foram autorizados pelo Confaz, quando a lei permitiu que todos fossem convalidados, são convênios que são autorizados. O que pode haver são interferências em contratos feitos por meio de créditos outorgados, por exemplo”, explicou.
Segundo ele, o próprio Caiado chamou representantes do setor para conversar durante a semana, assim que anunciou que voltaria a tentar o RRF, tranquilizando-os. De acordo com Mabel, o democrata disse que espera a autorização da Assembleia, mas ainda não sabe quais medidas irá investir.