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Bolsonaro foi derrotado em 2022 e, mais uma vez, “caiu do cavalo” em 2024. Inelegível até 2030, o ex-presidente tem tentado colocar seus parentes e aliados políticos no poder. O plano em Goiás, reduto bolsonarista, não deu certo e Jair perdeu em Goiânia e Aparecida. Em entrevista à GloboNews nesta segunda-feira, 28, o candidato vitorioso em Goiânia, Sandro Mabel (UB), disse que a centro-direita sai fortalecida.

“O extremismo tem que se adequar se quiser ganhar porque a centro-direita sozinha não ganha e nem o extremismo. Nas capitais, fora Cuiabá, o bolsonarismo perdeu em todos os lugares, exatamente porque os candidatos não eram bons candidatos, viram na frente no primeiro turno e levam um ‘coro’ no segundo turno”. Por que? Porque a cidade não quer ninguém extremista, ela quer alguém que tenha capacidade de gestão, por isso a escolha do bom candidato”, afirmou Mabel.

Mesmo que os discursos políticos continuem com a promessa de “renovação” e de “mudança”, a população está farta da velha política e demonstra isso nas urnas, seja no cenário regional ou nacional. Já em Goiânia, a abstenção no 1º turno se aproximou dos 28%. No 2º turno, onde as opções foram reduzidas, a abstenção na Capital foi a 2º maior do país.

“A população absorve isso. No fim do dia a mãe quer que o filho dela tenha uma creche para ir, um posto de saúde para ser atendida, que a escola funcione, que o trânsito ande.. Por isso, quando você cria um candidato de centro-direita que tem capacidade demonstrada, que já fez, acho que a chance inclusive de Ronaldo Caiado sair para presidência sobe muito”, continuou Mabel em entrevista.

A extrema-direita raivosa de Fred Rodrigues subestimou a esquerda, incluindo nomes como Adriana Accorsi, Fabrício Rosa, Kátia Maria e Edward Madureira. O apoio de alguns petistas, mesmo que decidam fazer oposição futuramente, foi fundamental para a eleição de Mabel. Os eleitores de Adriana uniram forças em torno de uma candidatura que seria considerada mais alinhada com a “civilização”, contrastando com o bolsonarismo.

A extrema-direita, representada por figuras como Bolsonaro, Fred Rodrigues e Gustavo Gayer, não têm espaço em um futuro democrático, igualitário e participativo. Apesar do apoio da massa, os “outsiders” enfrentam desafios para agregar alianças em eleições majoritárias, devido a um estilo de campanha descrito por muitos como agressivo e polarizador.