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O mercado de delivery enfrenta uma batalha judicial: de um lado, a 99food (da chinesa Didi Chuxing), e do outro, a recém chegada Keeta (da Meituan). As marcas brigam na Justiça e no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) por contratos de exclusividade. Keeta acusa a 99food de fazer contratos milionários que proíbem estabelecimentos de contratá-la. 

O Cade é o órgão responsável pela regulamentação da concorrência que limitou os contratos de exclusividade do iFood em 2023, marca que hoje domina cerca de 80% do mercado, segundo a Abrasel. Antes disso, até a própria 99 havia abandonado a atuação no setor, assim como a Uber Eats e Glovo.

Com o acordo do Cade, os contratos de exclusividade do iFood não podem superar 25% do faturamento bruto nacional e a empresa ficou proibida de assinar com exclusividade com redes com mais de 30 unidades. Nas cidades com mais de 500 mil habitantes, a quantidade de restaurantes exclusivos não pode ser mais que 8% do total de comércios da plataforma. Esse acordo vale até 2027. 

Volta da 99food

Este ano, a 99Food voltou a atuar em Goiânia e São Paulo, depois de deixar o segmento em 2023. Investiu R$ 1 bilhão somente neste ano no delivery de comida, com isenção de comissões e mensalidades para restaurantes, contratos de exclusividade e uma regra que prevê o mesmo preço do balcão para o cliente em casa. A 99Food quer chegar a cem cidades até 2026. 

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