O governador reeleito no Tocantins Wanderlei Barbosa (Republicanos) anunciou na manhã dessa segunda-feira, 17, apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante anúncio o governador admitiu que o apoio atendeu a apelos de líderes do agronegócio, segmento que ele considera de fundamental importância economia regional e geração de empregos.

Em Brasília, o governador foi recebido pelo presidente Bolsonaro, no Palácio Alvorada, acompanhado do seu filho, deputado Leo Barbosa (Republicanos), presidente da Assembleia Legislativa Toinho Andrade (Republicanos).

Em pronunciamento o governador anunciou que pretende manter diálogo com prefeitos e vereadores para mobilizar apoio para o presidente. “Eu tenho que atuar pela minha família, pela sociedade tocantinense e pelo Brasil”, disse o governador ao declarar apoio ao presidente Bolsonaro, a quem agradeceu pela forma com que sempre foi recebido.

Wanderlei e apoiadores visitaram Bolsonaro em Brasília | Foto: Divulgação

O presidente Bolsonaro destacou que a parceria entre o Estado e o governo federal é importante para manter os projetos de desenvolvimento do Tocantins, que tem forte vocação para o agronegócio e turismo. “Agradeço o apoio e por ser um estado voltado para o agronegócio e o turismo, eu tenho a certeza de que, com a nossa reeleição, o Tocantins terá uma linha direta com o governador federal”, afirmou o presidente.

Já o governador Wanderlei Barbosa disse que acredita na continuidade do trabalho de Bolsonaro à frente do Executivo Federal e que o encontro possibilitou selar compromissos em várias pautas importantes para o Tocantins. “Fortalecemos nosso vínculo e temos muito a fazer também nas áreas da saúde, educação e infraestrutura. O presidente se comprometeu a estar conosco fazendo o melhor pelo nosso Estado”, ressaltou o governador.

Novo posicionamento

Pela postura que adotou durante todo o primeiro turno, a decisão surpreende. O governador chegou a citar durante o período que, por amor-próprio, não poderia apoiar o candidato que trabalhava para eleger o seu concorrente, o que segundo ele, significa dizer que trabalhava para derrotá-lo. Depois de eleito ainda deu declarações à imprensa mantendo a neutralidade no segundo turno da eleição presidencial.

O ex-ministro do Turismo Gilson Machado, pode ter sido o responsável pela mudança de posicionamento do governador, que alegou até pressão familiar para tomar a decisão, citando o lema Deus, Pátria e Família, inspirando na Ditadura Militar.