Corcundas e garras tecnológicas: cientistas preveem aparência de humanos do ano 3000
04 novembro 2022 às 14h46

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Os humanos do futuro podem ter cérebro menor, segundas pálpebras e corcundas, características desenvolvidas por uso exagerado de tecnologia. A previsão foi feita por uma equipa da empresa de tecnologia TollFreeForwarding, que criou um modelo 3D do potencial ser-humano do futuro
Após a coleta de dados científicos e opinião de especialistas, o grupo desenvolveu Mindy, uma personagem com o corpo com várias mudanças físicas provocadas, em sua maioria, pelo uso de smartphones, computadores e outras tecnologias comuns à nossa geração.
As principais mudanças incluem corcundas, “garras” e pescoço tecnológicos, cotovelo dobrado a 90 graus, crânio mais resistente, cérebro menor e segunda pálpebra. Além das mudanças físicas, o estudo também sugere que a humanidade estará ainda mais vulnerável a questões ligadas a estresse e ansiedade.

As costas mais curvadas podem surgir em decorrência da postura acostumada a olhar para celulares ou para telas de computadores, seja em casa ou no trabalho. Segundo o especialista em saúde e bem-estar, Caleb Backe, consultado pela equipe, olhar para os telefones com frequência coloca a coluna em “desequilíbrio”, além de exigir que os músculos do pescoço façam esforço extra para suportar a cabeça.
Da mesma forma, o hábito de estar sempre com smartphones em mãos, pode acabar transformando a posição de descanso dos dedos. Nesse cenário, os humanos do futuro teriam mãos que estariam posicionadas em formatos de garra na maior parte do tempo, já acostumados estar com dispositivos tecnológicos em mãos. É o mesmo efeito, inclusive, que pode provocar a mudança de posicionamento dos cotovelos.
O estudo também explorou os danos potenciaos da radiação emitida pelos smartphones. Segundo dados de 2021 da Organização Mundial de Saúde, as frequências são “possivelmente cancerígenas”. Para os pesquisadores da TollFreeForwarding, o ser humano do futuro teria um crânio mais grosso justamente para proteger desses anos. O efeito colateral, entretanto, seria a redução do tamanho do cérebro.
A redução de tamanho também estaria diretamente ligada à queda da habilidade cognitiva dos humanos, que pode ficar cada vez mais reduzida por conta dos avanços tecnológicos. Isso porque novidades em áreas como agricultura e saúde, por exemplo, fazem com que os seres humanos precisem fazer cada vez menos para garantir a sobrevivência.
O uso de celulares e telas também pode criar uma adaptação nos olhos. Os pesquisadores apontam que Mindy teria uma “pálpebra interna maior, para prevenir exposição excessiva à iluminação artificial”.