Pesquisa da consultoria Ecossistema Great People & GPTW aponta que 48% das empresas goianas já incorporaram IA em suas atividades cotidianas, à frente de estados como Paraná (47%), Alagoas (45%) e Sergipe (45%). Setores como contabilidade (80%) e estética e beleza (75%) lideram a adoção, seguidos por seguros (67%), jurídico (62%) e agências de mídia (62%).

O vice-governador Daniel Vilela destaca que Goiás não é apenas consumidor, mas produtor de tecnologia. “Damos condições para que empresas e universidades inovem, gerem empregos qualificados e façam de Goiás referência nacional em desenvolvimento tecnológico”, afirma. Ele cita missão do Estado à Estônia, Finlândia e Singapura em busca de inovações em IA e serviços digitais.

O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, José Frederico Lyra Netto, reforça que Goiás avança para se consolidar como polo de IA no país, com programas como Epicentro da Inteligência Artificial e Akcit Camp, executados em parceria com a UFG. O Epicentro, com investimento de R$ 2 milhões, selecionará dez startups de IA, oferecendo financiamento, mentorias e acesso a laboratórios, com inscrições até 5 de outubro (abre.go.gov.br/epicentroia). O Akcit Camp premia soluções tecnológicas de impacto com até R$ 12 mil e cria um banco de talentos estadual para conectar profissionais a empresas.

Empresas locais também aceleram a transformação com IA. A Rápido Araguaia aplica a tecnologia no monitoramento de consumo de combustível, manutenção preditiva e desenvolvimento de copiloto de manutenção, aumentando eficiência e reduzindo custos, segundo Alex Silva, Head de IA da empresa.

Multinacionais como NVIDIA mantêm parcerias estratégicas com o Centro de Excelência em IA da UFG, usando IA para automação, análise climática, planejamento agrícola e modernização de maquinário. O diretor da divisão Enterprise da NVIDIA na América Latina, Márcio Aguiar, ressalta que a tecnologia integra processos e amplia acesso a dados em larga escala.

Na área acadêmica, Goiás instalou os primeiros supercomputadores do país voltados à IA, fruto de investimento de R$ 40 milhões em parceria com a Embrapii. A infraestrutura POD (Point of Delivery) permite treinar e executar modelos complexos de IA, viabilizando pesquisas inéditas no Brasil.