A morte de Gustavo Ferreira Santos, de 2 anos, após ser atingido por um foguete na zona rural de São Domingos (GO), trouxe à tona não apenas os riscos dos fogos de artifício, mas também problemas graves na estrutura de atendimento de saúde da cidade. O caso aconteceu no sábado, 13, e a criança não resistiu aos ferimentos, falecendo no Hugol, em Goiânia, na madrugada de domingo, 14.

Segundo Luiz Gramacho, que acompanhou de perto a tragédia, o foguete foi aceso por um rapaz dentro do veículo em que Gustavo estava, sob efeito de álcool. O artefato entrou no carro e atingiu a criança e a irmã de Luiz.

“A falta de estrutura no hospital da minha cidade não conseguiu fazer drenagem no tórax. Ele foi entubado e ficou três horas esperando uma ambulância com UTI para ser transferido a Goiânia. Quando chegou, para fazer o procedimento, infelizmente não resistiu”, relatou Luiz.

O velório da criança ocorreu no domingo, das 10h às 16h30, e o sepultamento às 17h. Luiz ainda criticou o município: “Deixo meu lamento pelo mal gerenciamento e a falta de estrutura no hospital de São Domingos. Espero que a prefeitura corra atrás do Estado para fazer melhorias nos médicos e na estrutura geral do hospital.”

A Polícia Militar de Goiás localizou o responsável pelo foguete, que prestou depoimento na delegacia de Posse e foi liberado. As investigações seguem.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que a equipe prestou toda a assistência possível, mas reforçou a importância de ações de prevenção para evitar acidentes com fogos de artifício.

O caso serve como alerta duplo: os riscos do manuseio de fogos de artifício e a necessidade urgente de investimentos em estrutura e atendimento hospitalar, principalmente em cidades do interior, onde atrasos podem custar vidas.