PF nega morte de idosa entre presos em acampamento do QG em Brasília

10 janeiro 2023 às 08h32

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Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) circulam uma informação pelas redes sociais de que uma idosa teria morrido no ginásio da Polícia Federal, onde estão os presos pelos atos de violência ocorridos em Brasília no último domingo, 8. Bolsonaristas chegam a manifestar luto pela mulher. A Polícia Federal (PF), no entanto, negou essa informação. A foto usada no boato, no entanto, está disponível em um banco de imagens gratuito.
A informação foi repercutida pela deputada federal Bia Kicis (PL-DF), em discurso no plenário da Câmara dos Deputados, na noite de segunda, 9. A parlamentar chegou a dizer que o caso tinha sido confirmado pela Ordem dos Advogados do Brasil no DF (OAB-DF), mas depois afirmou que cometeu um “equívoco”.
“A Polícia Federal informa que é falsa a informação de que uma mulher idosa teria morrido na data de hoje [9/1] nas dependências da Academia Nacional de Polícia”, diz a nota da corporação.
Desmonte de acampamentos
O desmonte do acampamento de bolsonaristas radicais foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A decisão foi tomada depois que terroristas atacaram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.
Horas após a decisão, a Polícia Militar e o Exército fizeram uma operação para desmontar o acampamento. Cerca de 1,2 mil pessoas foram detidas e levadas à PF para uma triagem. O grupo teve de esperar os procedimentos em um ginásio.
No local, os radicais têm acesso a água, comida, celulares e ficam com os próprios pertences. Idosos também tiveram preferência para passar pela triagem. A PF confirmou que houve casos de mal-estar, mas que todos foram prontamente atendidos, sem maior gravidade. Tendas de saúde também foram montadas no local pelo Corpo de Bombeiros.
Na noite de segunda, a corporação liberou ônibus com mulheres com filhos pequenos, idosos com comorbidades, e menores de idade que haviam sido detidos no acampamento. A PF disse que ainda não tem um balanço de quantas pessoas foram liberadas nem quantas permanecem detidas.