A placenta retirada durante o trabalho de parto pode ser usada no tratamento de feridas oriundas de queimaduras, segundo o novo entendimento da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec-SUS) do Governo Federal. Segundo a nova recomendação, os hospitais agora podem adotar o material biológico para usar como um curativo avançado nos ferimentos – antes a membrana era usada apenas em pesquisas e a placenta era descartada logo após os nascimentos. 

Segundo pesquisadores, a placenta tem características únicas que aceleram a cura dos acometidos, como propriedades antimicrobianas que impedem o acúmulo de bactérias nas regiões lesadas. Além disso, apontam que o uso da membrana diminui a dor dos pacientes ao longo da recuperação por proteger e envolver a área danificada com mais eficácia pela elasticidade do material biológico, podendo durar até 14 dias e ser aplicado em qualquer área do corpo. 

Com a permissão, os hospitais devem esperar a regulamentação oficial do Ministério da Saúde que estabelece regras claras quanto a doação, uso e as unidades habilitadas para realizar o tratamento. Contudo, algumas unidades de saúde, como o Hospital das Clínicas de São Paulo, já fizeram os primeiros procedimentos com a placenta no tratamento de queimaduras, como mostrou o Jornal Nacional.  

O pintor Leonardo da Silva foi o primeiro paciente que teve o uso do curativo após ser ferido por uma descarga elétrica. Depois de uma semana com a membrana, o pintor se sentia melhor e recomendava o uso do curativo.

Leia também:

Governo Trump encerra programa que busca por vacina contra o HIV

Ugton Batista diz que “Gustavo Gayer é o político mais odiado pelos políticos de Goiás”

Estudo revela inseguranças e fantasias comuns durante o sexo