Ministério da Saúde confirma quatro casos de gripe K no Brasil
19 dezembro 2025 às 11h41

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O Ministério da Saúde confirmou quatro casos da chamada gripe K no Brasil, uma variação genética do vírus influenza A H3N2 que está sob monitoramento das autoridades sanitárias.
Segundo a pasta, um caso foi identificado no Pará e está relacionado a uma viagem internacional. Os outros três ocorreram no Mato Grosso do Sul e ainda estão em investigação para confirmação da origem da infecção. As análises foram realizadas por laboratórios de referência: a amostra do Pará pela Fiocruz, no Rio de Janeiro, e as do Mato Grosso do Sul pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, após triagem dos laboratórios centrais estaduais.
A gripe K corresponde ao subclado K do H3N2 e não se trata de um novo vírus. Até o momento, não há evidências de maior gravidade associada a essa variação. De acordo com o Ministério da Saúde, o que se observa é uma circulação mais intensa e antecipada do influenza, em relação ao padrão esperado no hemisfério Norte, o que resulta em aumento de internações.
Os sintomas são semelhantes aos da gripe comum, como febre, dor no corpo, tosse e cansaço. A orientação é buscar atendimento médico em caso de piora rápida ou sinais de gravidade, como falta de ar, especialmente entre idosos, crianças, gestantes e pessoas com doenças crônicas.
Para prevenção, o ministério recomenda uso de máscara por pessoas com sintomas ou pertencentes a grupos vulneráveis, manter ambientes ventilados, higienizar as mãos com frequência e evitar contato próximo ao apresentar sinais gripais.
As vacinas contra a gripe disponíveis no SUS seguem eficazes na prevenção de formas graves da doença, inclusive nos casos causados pelo subclado K. A pasta alerta ainda para os riscos da hesitação vacinal, que pode favorecer a circulação do vírus e aumentar a ocorrência de surtos. Além da imunização, o SUS oferece antiviral para tratamento da gripe, especialmente indicado para grupos de risco.
Em 2025, o influenza A H3N2 apresentou comportamento atípico no Brasil, com aumento de casos ainda no segundo semestre, antes da identificação do subclado K. O avanço começou na Região Centro-Oeste e se espalhou para outros estados. Atualmente, Centro-Oeste e Sudeste mostram tendência de queda nos casos graves, enquanto Norte e Nordeste ainda registram crescimento.

