Hospital Universitário de Catalão deve iniciar atendimentos por fases a partir de abril de 2026

04 outubro 2025 às 08h47

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Entregue em dezembro de 2024 e em fase final de adaptação para ser transformado em Hospital Universitário, o Hospital Regional de Catalão, deve iniciar os atendimentos a partir de abril de 2026. A previsão é da reitora da Universidade Federal de Catalão (UFCAT) Roselma Lucchese, que esteve com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o prefeito Velomar Rios e o deputado José Nelto (UB). A segunda etapa, com o início do tratamento oncológico, está previsto para iniciar no meio do ano.
No encontro, capeneado pelo deputado, os interessados reforçaram o carater de urgência do recurso de R$ 53 milhões para a compra e instalação dos equipamentos para o hospital. Participou da reuniu o prefeito de Catalão, Velomar Rios, a reitora da UFCAT, o secretário municipal de Saúde de Catalão, Leonardo Santa Cecília, além do professor Heber Martins, assessor da Reitoria da UFCAT.
Segundo José Nelto, o dinheiro já está empenhado e o ministro confirmou a liberação do recurso. “Com isso, já está sendo feita a cotação para a instalação dos equipamentos. Saímos de Brasília com a proposta de inauguração até abril do próximo ano”, disse.

Estrutura e gestão
Construído em parceria entre o governo de Goiás e a prefeitura de Catalão, o hospital será gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao Ministério da Educação (MEC). A unidade terá 203 leitos de internação clínica e cirúrgica, sendo 20 de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) adulto, 10 neonatal, 15 de cuidados intermediários para bebê e 10 leitos de reserva técnica. Também terá ambulatório, centro cirúrgico, pronto atendimento e setor de oncologia.
Além de atender às demandas do Sistema Único de Saúde (SUS), a estrutura terá função de ensino, extensão e pesquisa, servindo como hospital-escola para a formação de profissionais de saúde pela UFCAT.
Desafios, adaptações e início
Lucchese lembra a transformação da unidade em Hospital Universitário foi resultado de um trabalho de articulação iniciado antes mesmo da conclusão das obras. O projeto original previa um hospital regional de caráter geral, embora a compra e instalação dos equipamentos e o custeio fossem desafios para o funcionamento do da unidade. “Fomos procurados pela gestão municipal e começamos uma peregrinação junto à Casa Civil e ao Ministério da Educação. Após várias tratativas, conquistamos a inclusão da unidade na rede da Ebserh”, afirmou.
A reitora ressaltou que o processo exigiu adaptações para que o espaço atendesse às demandas de ensino e pesquisa, típicas de um hospital-escola. “Não bastava oferecer leitos e atendimento, era preciso garantir salas de discussão de casos clínicos e ambientes adequados à formação dos estudantes. Assinamos um termo de compromisso entre a Ebserh, a prefeitura e a UFCAT com todos os detalhes dessas adequações”, explicou.
Custeio
Outro desafio é o custeio da operação, estimado em R$ 300 milhões por ano. Segundo Lucchese, nem o município nem o estado teriam condições de arcar com esse valor, o que reforça a importância da gestão federal. Para a etapa de equipagem, o orçamento previsto é de cerca de R$ 70 milhões. Até o momento, já foram garantidos R$ 54 milhões em parceria com o Ministério da Saúde e apoio da bancada goiana. “Estamos preparando os processos licitatórios para aquisição de equipamentos de alto custo e algumas empresas já iniciaram medições técnicas no hospital”, destacou.
Em relação aos recursos humanos, a UFCAT pretende utilizar inicialmente o concurso público já realizado, com oferta de treinamento e protocolos de atendimento em todas as áreas. A previsão, segundo a reitora, é que o hospital comece a funcionar no primeiro trimestre de 2026, com atendimentos em UTI e centro cirúrgico, e avance até o meio do ano para oferecer também serviços em oncologia, com a expectativa de expandir gradualmente para radioterapia, quimioterapia avançada e produção científica na área.
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