Greve na saúde: trabalhadores convocam assembleia geral no MP-GO

17 junho 2024 às 12h18

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Trabalhadores da saúde organizam uma assembleia geral dos trabalhadores do Samu nesta terça-feira, 18, às 9h, no Ministério Público Estadual, para avaliarem o momento de greve. Na quarta-feira, 12, os trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Goiânia decidiram entrar em greve, exigindo que a prefeitura desista da privatização do Samu, além de pedir a convocação de mais aprovados no concurso público (Edital 001/2020) para suprir as demandas e melhorar as condições de trabalho da classe.
O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM) solicitou a suspensão do contrato de terceirização do Samu, considerando que “o sucateamento do SAMU não advém de um aumento da demanda, mas, conforme consta das informações do Conselho de Ética, na deficiência na prestação do serviço decorrente da diminuição da quantidade de médicos para atendimento e falta de manutenção das viaturas e da linha telefônica”.
Em entrevista ao Jornal Opção, o secretário municipal de saúde, Wilson Pollara, confirmou que seguirá com as decisões de contratação. A pasta está elaborando um novo edital que não prevê a alteração de recursos humanos, considera a inserção de um novo sistema operacional de computação, call center para atendimentos via telefone, uso de telemedicina e o aluguel de 17 ambulâncias via ordem de serviço que, segundo o secretário, deveriam estar nas ruas desde o dia primeiro de julho.
Apesar da determinação do TCM de suspensão de contratação emergencial, a SMS prevê a contratação de uma empresa que será responsável pela manutenção e substituição dos carros. Segundo a SMS, a proposta de contratação ainda prevê os serviços de uma empresa de tecnologia que agiliza o atendimento de pacientes. Pollara ainda considerou que existe a contratação de sete pessoas jurídicas, empresas de São Paulo para trazer mais médicos.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde considera que o Samu não será privatizado e que a cidade irá manter todo o quadro de funcionários, inclusive a gestão do Samu. “Atualmente, o serviço conta com 104 motoristas, 73 técnicos de enfermagem, 38 enfermeiros e 63 médicos, dos quais, 43 são efetivos (que devem cumprir 7 plantões mensais de 12 horas) e 20 credenciados (que devem cumprir de 8 a 10 plantões de 12 horas por mês)”. Confira a nota completa ao final.
O TCM recebeu a contraproposta (novo edital) da prefeitura que segue em análise.
Nota completa
A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que o Samu não será privatizado, o município irá manter todo o quadro de funcionários, como médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além da gestão do Samu.
Não há falta de recursos humanos no Samu. Atualmente o serviço conta com 104 motoristas, 73 técnicos de enfermagem, 38 enfermeiros e 63 médicos, dos quais, 43 são efetivos (que devem cumprir 7 plantões mensais de 12 horas) e 20 credenciados (que devem cumprir de 8 a 10 plantões de 12 horas, por mês)
A secretaria já enviou ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) as explicações exigidas no sentido de seguir com o projeto de melhorias no Samu que prevê a locação de 17 ambulâncias onde a empresa ficará responsável pela manutenção e substituição imediata no caso de algum apresentar problemas. A proposta de melhorias visa ainda a contratação de empresa de tecnologia que vai permitir agilizar o atendimento desde a ligação do paciente, o socorro até o encaminhamento para o hospital.
Secretaria Municipal de Saúde (SMS)