Fraudes e desperdícios custaram R$ 34 bi aos planos de saúde

22 novembro 2023 às 11h14

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Em 2022, as operadoras de planos de saúde no Brasil enfrentaram perdas significativas, estimadas entre R$ 30 bilhões e R$ 34 bilhões, devido a fraudes, abusos e desperdícios, conforme apontou um estudo inédito do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). “O setor sempre foi suscetível a essas questões e, apesar dos esforços constantes para coibir e prevenir que ocorram, o Brasil ainda enfrenta um grande desafio no enfrentamento desse tema”, disse o levantamento.
Somadas, as perdas representam 12,7% das receitas obtidas pelas empresas ao longo de todo o ano passado. Diante dos dados, o Instituto marcou um webinar na próxima quinta-feira, 23, para debater sobre os tipos de fraudes, desperdícios e impactos para toda a cadeia e as soluções para o setor. O encontro será transmitido pelo site e pelos canais do IESS no Facebook e Youtube.
A maior parte das práticas de fraude ocorrem em nível administrativo, afirma o estudo, incluindo adulteração dos procedimentos médicos, pedidos de reembolsos sem que tenha havido desembolso e fornecimento de dados de acesso a terceiros. Os dados foram levantados pela empresa de consultoria Ernst & Young (EY).
O número de beneficiários de planos de saúde no Brasil cresceu 3,1% no período de 12 meses, passando de 47,5 milhões em fevereiro de 2021 para 49 milhões no mesmo mês deste ano. O estudo mostra também que o tipo de contratação que mais cresceu no período foi o coletivo empresarial, com 1,5 milhão de novos vínculos —passando de 32,2 milhões de beneficiários em fevereiro do ano passado para 33,8 milhões neste ano, uma alta de 4,8%. Do total de beneficiários dos planos hoje, 69% estão na categoria empresarial.