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O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), vereador Luan Alves (MDB), afirmou nesta terça-feira, 26, que abriu mão das indicações para cargos na Prefeitura de Goiânia. Segundo ele, a decisão foi tomada a partir de orientação de seu líder político, o pai e deputado estadual Clécio Alves (Republicanos).

“Quero também esclarecer um ponto: por solicitação do deputado Clécio Alves, que lidera o meu grupo político, abri mão dos espaços que tínhamos na Prefeitura de Goiânia”, contou Alves, em entrevista coletiva. “Entreguei todos os cargos que estavam sob nossa indicação ao prefeito Sandro Mabel (UB). Estimo que de cinco a seis pessoas que ocupavam funções ligadas ao nosso grupo já foram colocadas à disposição do prefeito, que tem a prerrogativa de mantê-las ou substituí-las”, acrescentou.

Segundo Alves, essa decisão foi coletiva, tomada pelo seu grupo político, para evitar interpretações equivocadas sobre ele estar barganhando por mais espaço na administração pública.

“É importante frisar que o líder do meu partido é o vice-governador Daniel Vilela (MDB), mas o líder do meu grupo político é o deputado Clécio Alves. Ele representa a mim e aos demais aliados, e foi nesse espírito de unidade que deliberamos pela devolução dos cargos. Inclusive, já houve exonerações recentes, o que reforça que não estamos fazendo manobras, mas sim deixando claro que nosso apoio à gestão é político, não baseado em cargos”, explicou o vereador.

Entre os cargos, Alves tinha a indicação da sua esposa, Thaynara Assis Alves, que chegou a ser nomeada no Diário Oficial do Município para uma das Comissões de Análise de Defesa Prévia (CADEPs), da Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET). No entanto, bastidores indicam que ela não teria assumido a função.

Exonerações

Na edição de segunda-feira, 25, do Diário Oficial do Município, Diogo Franco, irmão do vereador e líder do prefeito na Casa, Igor Franco (MDB), foi exonerado da Secretaria de Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Agricultura e Serviços (Sedicas). Além dele, Franco perdeu outros cargos de liderança na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Além de Franco, o irmão de Denício Trindade (UB), Eduardo Trindade, também foi exonerado da SET. Na mesma edição, cargos indicados pelo vereador Léo José (SD) também teriam sido exonerados no Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas).

Na sessão de terça-feira, Léo José disse que poderia se tornar oposição em discurso. “Eu não me importo de ser oposição e me considero assim”, afirmou, em fala crítica ao prefeito.

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