Trump sanciona acordo e encerra maior paralisação da história do governo dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou o projeto de lei que encerra o shutdown, a maior paralisação da história do governo americano. A assinatura ocorreu poucas horas após a Câmara dos Deputados, de maioria republicana, aprovar o texto por 222 votos a 209.

Apenas dois republicanos votaram contra a medida, enquanto seis democratas apoiaram o projeto. O Senado já havia aprovado o acordo na segunda-feira, 10, por 60 votos a 40, o mínimo necessário. Em seguida, as lideranças da Câmara convocaram os deputados de volta a Washington após 53 dias de recesso, o que causou atrasos e dificuldades de deslocamento devido à escassez de trabalhadores do setor aéreo.

O shutdown começou porque o Congresso não aprovou o orçamento federal dentro do prazo, deixando o governo sem recursos para manter serviços e pagar servidores. O impasse se concentrou na área da saúde: democratas exigiam a extensão de programas de assistência médica, mas os republicanos decidiram discutir o tema somente em dezembro, em um texto separado.

Com a sanção, o governo poderá retomar plenamente suas atividades nos próximos dias, aliviando a situação de servidores sem salário e de famílias que dependem de auxílio. A normalização total do sistema aéreo, porém, deve demorar mais.

O acordo aprovado prorroga o financiamento do governo até 30 de janeiro de 2026 e impede que Trump demita servidores até essa data. O texto também garante o funcionamento do programa de assistência alimentar SNAP até 30 de setembro de 2026.

A proposta dividiu os democratas, que tentaram incluir a extensão dos subsídios de saúde para 24 milhões de americanos. Os republicanos no Senado aceitaram votar o tema em dezembro, mas sem garantia de aprovação, e o presidente da Câmara, Mike Johnson, não confirmou se levará a proposta a votação.

Uma pesquisa Ipsos/Reuters divulgada no fim de outubro apontou que 50% dos americanos responsabilizaram os republicanos pela paralisação, enquanto 43% culparam os democratas.

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