Em meio à acirrada disputa para compor a vice na chapa de Daniel Vilela (MDB) em 2026, o presidente da Federação Agropecuária do Estado de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, desponta como um dos nomes fortes para agregar à candidatura do emedebista. Em entrevista ao Jornal Opção, Schreiner afirmou que, antes das eleições de 2026, pretende, acima de tudo, permanecer na base do governador Ronaldo Caiado (UB) e aguardar as definições do grupo político.

“[A minha candidatura] depende, é claro, das pessoas enxergarem nisso um potencial daquilo que a gente possa estar colaborando. Depende dos agentes [políticos] envolvidos, do grupo, e da própria população, de uma forma geral, enxergar que a gente pode contribuir.”

Segundo ele, a opinião mais relevante nesse processo deve ser a do próprio governador, que conduzirá as decisões estratégicas do grupo político para 2026. “Claro que, se eu for convocado, nunca corri de nenhuma missão e nunca fugi da minha responsabilidade”, afirmou.

Entre as movimentações recentes de Schreiner que chamaram a atenção está sua presença na confraternização promovida pelo líder do governo na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deputado Talles Barreto (UB). O evento contou com a participação de Caiado, Vilela e outros agentes políticos da base aliada.

De acordo com o presidente da Faeg, o encontro foi uma iniciativa do parlamentar para definir sua postura política em 2026, após tentativas frustradas de ocupar vagas no Tribunal de Contas do Estado ou do Município. A reunião também serviu para fortalecer pré-candidaturas de outros integrantes do grupo, incluindo dirigentes partidários.

Filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) desde o período em que exerceu mandato como deputado federal, Schreiner acumula uma longa trajetória política em Goiás. Além disso, é visto como uma opção capaz de equilibrar o perfil metropolitano do atual vice-governador, ao mesmo tempo em que agrega votos e apoio político do interior do estado.

Aliança do setor produtivo

Outro nome que passou a integrar a órbita política de Schneider é o presidente da Federação das Associações Comerciais, Industriais, Empresariais e Agropecuárias do Estado de Goiás (Facieg), Márcio Luiz, que mantém articulação com representantes do setor produtivo além do agronegócio.

Ambos compartilham objetivos, visões e estratégias semelhantes para o setor produtivo, com uma diferença considerada “favorável” na destinação política. Enquanto Schneider desponta como possível nome para uma vaga majoritária, Luiz deve disputar uma cadeira na Alego.

“Esse debate é extremamente importante. Muitas vezes podemos ter pequenas inconvergências, mas 99% do que fazemos é buscar aquilo que é melhor para o setor produtivo e, consequentemente, para toda a sociedade”, afirmou.

“Admiro e respeito muito quem vem com vontade de contribuir por meio da representação política, seja como vereador, prefeito, vice-prefeito, deputado estadual, federal ou senador. Seja qual for o cargo pretendido, é sempre bem-vindo. Defendo pessoas que possuem uma bandeira bem definida, e isso ajuda nas nossas conversas e nas nossas pretensões”, concluiu.

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José Mário Schreiner pode ser vice de Daniel Vilela pelo PL?