Ministério de Lula tem 50% menos petistas e mais que o dobro de mulheres de seu 1º governo

Quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vestiu a faixa presidencial pela primeira vez, em 1º de janeiro de 2003, tinha consigo uma equipe de 34 ministros. Nada menos que 20 deles (58%) eram filiados ao PT. Nove ministérios tinham comando não partidário. Para os cinco restantes, nomes de PDT, PL, PPS, PSB e PTB.

Do total de colaboradores do primeiro escalão daquele início de governo, apenas quatro eram mulheres comandando pastas: Benedita da Silva (Assistência e Promoção Social), Dilma Rousseff (Minas e Energia), Emilia Fernandes (Direitos da Mulher) e Marina Silva (Meio Ambiente).

Vinte anos depois, pode-se dizer que o quadro mudou de forma considerável, tanto partidariamente quanto à questão de gênero. Dos 37 ministérios, o PT tem titulares em pouco mais de um quarto – são 10 ministros filiados, ou 27% do total. A quantidade de siglas aumentou em 50% e agora são nove: além do PT, estão na administração também PSB (3 pastas), MDB (3), PSD (3), União Brasil (2), PDT (2), PSOL (1), Rede (1) e PCdoB (1) – o ex-governador do Amapá Waldez Góes vai trocar o PDT pelo União Brasil nas próximas semanas.

Mas é o número de mulheres o dado que mais mostra alteração, positiva para o equilíbrio entre os sexos: agora 11 ministérios são chefiados por mulheres. Elas representam praticamente 30% do total.

A média de idade é que quase não mudou: a equipe do governo “Lula 1” tinha 54 anos, em média; já o elenco do “Lula 3” tem 55 anos como idade mediana.