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Apesar de a votação para a presidência do Senado ser secreta, Jorge Kajuru (PSB-GO) gravou um vídeo nesta quinta-feira, 11, anunciando seu apoio a Davi Alcolumbre (União-AP) como sucessor de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na eleição à presidência do Senado no ano que vem. Até o momento, o nome dele aparece como favorito, enquanto as duas maiores siglas no Congresso, MDB e PL, enfrentam dificuldades em lançar concorrentes.

Esse é o primeiro anúncio público de apoio a Alcolumbre e ocorre após as senadoras Eliziane Gama (PSD-MA) e Soraya Thronicke (Podemos-MS) afirmarem que vão discutir com Leila Barros, líder da bancada feminina no Senado, o lançamento da candidatura de uma mulher para a presidência. As três firmaram um acordo para quebrar o ciclo de mais de 200 anos sem uma mulher a frente do Parlamento.

Atualmente, Soraya Thronicke e Eliziane Gama são os nomes femininos favoritos para a candidatura à presidência do Senado. A ideia ainda está em estágio inicial e precisa passar por protocolos partidários e pela avaliação de grupos políticos para eventualmente definir a escolha de um dos dois nomes.

Sem revelar informações detalhadas, Eliziane escreveu em sua conta na rede social X (antigo Twitter) que um acordo foi “fechado para um grande projeto que mudará para sempre a história das mulheres no Senado”. A parlamentar anunciou que em breve haverá mais novidades.

Davi Alcolumbre é favorito

Alcolumbre, que conta com o apoio de Pacheco, presidiu a casa legislativa de 2019 a 2021, quando foi sucedido justamente pelo aliado, que está no segundo mandato à frente do posto. Alcolumbre presidia a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), considerado o colegiado mais importante do Senado Federal por ser porta de entrada de tramitação para praticamente todas as proposições. Atualmente, a CCJ é presidida pela deputada Caroline de Toni (PL-SC).

Os presidentes do PL, Valdemar Costa Neto, e do PP, Ciro Nogueira, sinalizaram apoio a Alcolumbre, que hoje é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), principal colegiado do Senado. Integrantes da oposição consideram que o saldo da última disputa com Pacheco em 2023 foi muito ruim, dado que o grupo ficou alijado das comissões e da Mesa Diretora da Casa.