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A ex-deputada Estadual por São Paulo, Janaina Paschoal, disse por meio de suas redes sociais que Ronaldo Caiado (UB) “é uma boa opção para 2026”. O governador de Goiás já colocou seu nome na pré-corrida eleitoral para a Presidência da República e tem recebido o apoio de parte da ala conservadora brasileira.

Janaina Paschoal é  professora de Direito Penal na Universidade de São Paulo (USP) e ficou conhecida por encabeçar o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef (PT). Ela terminou seu mandato na Assembleia Legislativa de São Paulo enxovalhada pela esquerda e direita.

A então parlamentar na época afirmou que Bolsonaro e seus aliados fizeram de tudo para atrapalhar sua candidatura, com emissários tentando convencê-la a desistir em favor do astronauta Marcos Pontes (PL), por fim o eleito.

Antipetista convicta e conservadora em temas como aborto e drogas, a paulistana de 48 anos tomou gosto pela política e não descarta voltar a concorrer. Até porque não foi muito recebida de volta pelos alunos nas salas de aula. Na USP, o o Centro Acadêmico XI de Agosto, representação política dos estudantes do Largo São Francisco, divulgou um documento contra o retorno da parlamentar à instituição. A carta afirmou que ela era “não é mais bem-vinda” às salas da faculdade e que ela teve uma “contribuição indecente para o país” nos últimos anos.

Caiado na pré-corrida à presidência

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), tem ganhado destaque na imprensa nacional como pré-candidato à Presidência da República em 2026. O governador mais bem avaliado do país, segundo as pesquisas Paraná e AtlasIntel, aparece com 37,8% das intenções de voto em uma hipotética disputa presidencial. O levantamento foi feito pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 6 e 10 de dezembro de 2023.

Eleito presidente do Consórcio Brasil Central, Ronaldo Caiado enfatizou a integração das forças de segurança em Goiás e o trabalho da Polícia Penal no controle do cárcere como motivos de sucesso para redução da criminalidade no estado. Um dos principais críticos à reforma tributária, o governador também se posiciona contra o uso de câmeras em uniformes de policiais e contra a tentativa de criar um Conselho Nacional das Polícias.

Em entrevista ao jornal O Globo, Caiado disse não acreditar que o União Brasil vai caminhar com o presidente Lula em 2026. “Eu sou extremamente respeitoso em relação às decisões pessoais do ex-presidente Bolsonaro, mas não posso negar a importância do apoio dele na campanha. Trabalharei, sim, para ter o apoio dele à minha candidatura. Eu preciso é fazer por onde merecer este apoio”, afirmou.

Quem é Janaina Paschoal?

Janaína Paschoal é uma jurista, professora e política brasileira. Com um perfil conservador, Janaína se define como uma “canceriana romântica” que espera poder “mudar o mundo”. Diz ser politicamente liberal, mas contra a legalização do aborto e das drogas, e a favor das cotas para negros nas universidades.

Ela ganhou destaque nacional em 2016 ao ser uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Além de sua carreira acadêmica, Janaína Paschoal também se envolveu na política. Três anos após a derrubada de Dilma Rousseff, que levou Michel Temer ao poder e culminou com a eleição de Jair Bolsonaro a Presidente do Brasil, Janaína Paschoal, eleita pelo PSL, disse que as “pedaladas fiscais”, usadas como base para justificar o afastamento da presidente, foram uma farsa. “Alguém acha que Dilma caiu por um problema contábil?”, escreveu a advogada em sua conta no Twitter.

Em 2018, ela foi candidata a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais brasileiras. A chapa venceu as eleições, e Jair Bolsonaro tornou-se presidente do Brasil. Janaína Paschoal é conhecida por suas posições conservadoras e sua atuação em questões jurídicas e políticas no cenário brasileiro.