A Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego) recorreu, nesta segunda-feira, 3, da decisão do Ministério da Saúde (MS) que rejeitou sua proposta para a produção das chamadas canetas emagrecedoras no Brasil. A informação foi confirmada pelo chefe de gabinete da estatal, Ricardo Peixoto, ao Jornal Opção.

“O nosso papel é integrar a produção de medicamentos com a saúde pública. É algo bom para o Estado e para a população, porque vai ter mais um produtor — e, quanto mais concorrência, menor o preço”, afirmou.

A decisão do MS ocorre em meio ao anúncio do ministro Alexandre Padilha de que os medicamentos teriam produção nacional e poderiam ser distribuídos gratuitamente pelo SUS futuramente.

Ao todo, três laboratórios públicos apresentaram propostas para fabricar os fármacos. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) — a mais cara dos três projetos — teve seu projeto aprovado pela pasta, enquanto as propostas da Iquego e da Fundação para o Remédio Popular (Furp) — vinculada ao Governo de São Paulo — foram rejeitadas. Segundo o Ministério, a proposta da Furp foi indeferida por envolver um terceiro agente no contrato.

De acordo com Ricardo Peixoto, a Iquego encaminhou 23 projetos ao Ministério da Saúde. O plano previa que a produção inicial fosse realizada pelo laboratório indiano Shilpa Medicare, até que ocorresse a transferência de tecnologia para o governo brasileiro.

Todos os 23 projetos apresentados foram rejeitados pela pasta. O recurso da Iquego segue em análise, ainda sem prazo definido para uma decisão final — que pode ser confirmada até o início de 2026.

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