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O ex-presidente Jair Bolsonaro realizou, neste sábado, 16, exames médicos no Hospital DF Star, em Brasília. O boletim divulgado pela unidade informou que foram identificadas imagens residuais de duas infecções pulmonares recentes, possivelmente ligadas a episódios de broncoaspiração, além de esofagite e gastrite em estágio menos intenso, mas que exigem tratamento contínuo.

Bolsonaro passou por coleta de sangue e urina, endoscopia e tomografia abdominal. Segundo os médicos, não há necessidade de intervenção cirúrgica. O cardiologista Leandro Echenique afirmou ao G1 que o tratamento será apenas medicamentoso, com orientações de dieta e exercícios. Já o cirurgião Cláudio Birolini destacou que os exames também serviram para avaliar a cirurgia realizada em abril, sem sinais de complicações.

O ex-presidente deixou o hospital no início da tarde sem falar com a imprensa. Seus advogados informaram que ele tem apresentado refluxo e soluços.

Prisão domiciliar

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é acusado de tentar interferir em investigações no processo em que responde por tentativa de golpe de Estado.

A saída para realização dos exames foi autorizada pelo ministro, que determinou a apresentação de atestado de comparecimento ao hospital.

Julgamento marcado

O STF marcou para 2 de setembro a primeira sessão de julgamento da ação penal em que Bolsonaro é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como “principal articulador e beneficiário” da tentativa de ruptura do Estado Democrático de Direito após a derrota nas eleições de 2022.

O ex-presidente responde por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. A pena máxima pode chegar a 43 anos de prisão.

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