Eduardo Bolsonaro pede para votar dos EUA, mas falta até às sessões virtuais da Câmara

04 setembro 2025 às 13h30

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O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos desde março, pediu autorização à Câmara para exercer o mandato à distância, mas não tem participado nem das sessões em que a votação remota é permitida pelo celular.
Desde o fim da licença de 120 dias, em 20 de julho, ocorreram seis sessões semipresenciais com participação virtual autorizada. Eduardo não registrou presença em nenhuma. Em 2025, soma 13 presenças e 17 faltas não justificadas.
A Constituição prevê perda de mandato para quem faltar a um terço das sessões ordinárias sem justificativa. No entanto, a regra só é aplicada no ano seguinte. Assim, Eduardo não corre risco de cassação em 2025.
O deputado viajou aos EUA alegando perseguição política e pediu para votar do exterior, comparando sua situação à pandemia, quando o sistema remoto foi autorizado. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), rejeitou o pedido e disse que ele terá o mesmo tratamento que qualquer parlamentar.
Eduardo e Jair Bolsonaro foram indiciados pela Polícia Federal em 20 de agosto por suspeita de obstrução do julgamento da trama golpista no STF. Motta também enviou quatro denúncias contra Eduardo ao Conselho de Ética e criticou sua atuação fora do país, afirmando que suas ações podem prejudicar a economia brasileira.
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