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O Senado instalou nesta terça-feira, 4, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, com o objetivo de investigar a atuação e a expansão de milícias e facções criminosas no país. A comissão terá 11 titulares e 7 suplentes.

Em uma vitória do governo, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) foi eleito presidente da CPI, enquanto o vice-presidente será Hamilton Mourão (Republicanos-RS). Por acordo entre as lideranças, Alessandro Vieira (MDB-SE), que propôs a criação do colegiado, será o relator dos trabalhos.

A instalação da CPI ocorre em um momento de forte atenção nacional ao tema da segurança pública. A comissão ganhou tração após a megaoperação no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos, tornando urgente a investigação da estrutura das organizações criminosas.

O debate sobre a presidência da CPI teve impasse inicial, com senadores avaliando candidatos e negociando posições estratégicas. A oposição, por sua vez, vê na comissão uma oportunidade de se aproximar do eleitorado de centro e reforçar sua imagem de combate ao crime organizado, enquanto o governo busca impedir que a agenda seja instrumentalizada politicamente, apresentando respostas institucionais ao problema.

A expectativa é que a CPI aprofunde as investigações sobre milícias e facções, analisando desde a atuação de grupos criminosos até possíveis conexões com agentes públicos, com impactos diretos na formulação de políticas de segurança.