Cartório barra ata com apelidos e atrasa federação União Brasil–PP
25 novembro 2025 às 08h06

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A formalização da federação entre União Brasil e PP, batizada de União Progressista, sofreu um atraso por um motivo inusitado. O cartório de Brasília recusou a ata enviada pelo PP porque o partido listou seus integrantes pelos apelidos de urna, e não pelos nomes civis. Entre os citados estavam o ministro André Fufuca (MA) e o deputado Dudu da Fonte (PE).
Com a rejeição, toda a documentação precisou ser refeita, incluindo a coleta de assinaturas. O secretário-geral do PP, Aldo Rosa, teve que receber o material em Santa Catarina antes de reenviá-lo a Brasília. A versão corrigida foi entregue ao cartório na quarta-feira, 19, que agora tem até 15 dias úteis para analisar o processo. Assim, a formalização da federação no Tribunal Superior Eleitoral só deve ocorrer na segunda semana de dezembro, caso não haja aceleração do trâmite.
Enquanto isso, divergências políticas elevam a tensão interna. Após Ciro Nogueira, presidente do PP, afirmar que apenas Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ratinho Junior (PSD-PR) seriam candidaturas viáveis da oposição à Presidência, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), que almeja disputar o Planalto, reagiu dizendo que o senador age por “interesses pessoais”. Há também desacordos sobre alianças estaduais para 2026.
Se confirmada, a União Progressista terá 109 deputados e 15 senadores, tornando-se a maior força política do Congresso. Ciro Nogueira não se manifestou sobre o problema com a documentação.

