Aliados alertaram Lula sobre risco de carona de empresário para o Egito

15 novembro 2022 às 14h30

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Ao viajar de carona no jato particular do empresário José Seripieri Filho, conhecido como Júnior, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deu munições para as primeiras críticas da oposição ao novo governo. No entanto, antes Lula foi alertado sobre a possível crise. O petista e o empresário viajaram juntos nessa segunda-feira, 14, para o Egito. Naquele país está sendo realizada a COP27.
Deputados federais ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestaram nas redes sociais e relembraram a relação do petista com Júnior. O empresário chegou a ser preso em 2020 pela Operação Lava Jato. Naquele período, estava sendo investigado um suposto caixa dois para a campanha de José Serra (PSDB-SP) ao Senado, em 2014.
O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), tentou minimizar o episódio, nessa segunda. “A informação que tenho é que não é emprestado, [o empresário] está indo junto para COP. Não tem empréstimo, estão indo juntos no mesmo avião, estão indo mais pessoas”, disse nesta segunda, ao ser indagado sobre o tema em entrevista em São Paulo.
Aliados de Lula informaram ao Jornal Folha de S.Paulo que ele estava ciente do custo político da viagem. Eles destacaram que não há previsão orçamentária para custeio do transporte de um presidente que ainda não assumiu o mandato. Na programação antes da posse, Lula tem outras viagens para o exterior, como para os EUA. Entanto, já não conta mais com recursos partidários. Uma vez que com o fim do período eleitoral se encerrou a possibilidade de uso de recursos do fundo eleitoral – recursos reservados às campanhas.