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A Polícia Civil cumpre na manhã desta sexta-feira, 3, mandados de busca e apreensão e prisão contra dois policiais militares suspeitos de crimes em Anápolis. Além deles, outros seis civis também foram alvos da operação. O grupo é investigado principalmente por envolvimento em negociações para venda de armas de fogo.

Entre os militares, um foi alvo de pedido de prisão preventiva, enquanto outro foi incluído para busca em apreensão. Ambos os mandados em desfavor dos militares foram cumpridos em conjunto pela Polícia Civil e pelo Comando de Correições e Disciplina da PMGO.

Durante a ação, foi realizada apreensão de arma de fogo e R$ 6 mil em espécie na residência de pessoas civis.

Como resposta à ação, em nota, a Polícia Militar de Goiás informou que acompanha o caso que o caso está sendo acompanhado por meio do Comando de Correições e Disciplina. Além disso, a corporação também afirma que adotou todas as providências cabíveis para colaborar com a investigação da Justiça.

A Polícia Militar de Goiás também esclareceu que não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta cometido por integrantes da corporação.

Mais de 50 policiais civis participam da ação no município.

As polícias informaram que não darão mais informações, a fim de garantir a o bom andamento da investigação.

Grupo de extermínio

Em janeiro deste ano, o 3º sargento Welton da Silva Vieiga, que era policial militar há 17 anos, morreu em Anápolis durante troca de tiros contra policiais civis. Ele já havia sido preso, em 2024, durante a Operação Malavita, que investigou a participação de policiais em grupo de extermínio responsável por crimes como sequestro, tortura e homicídios.

Na manhã de 27 de janeiro, policiais civis foram até a casa de Welton para cumprir novo mandado de prisão por suspeita de envolvimento na morte do fazendeiro Luiz Carlos Ribeiro da Silva, em 6 de dezembro de 2022. O sargento, porém, recebeu o grupo com disparos e, na troca de tiros, acabou baleado e morto.