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A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (Derfrva), deflagrou nesta quarta-feira, 19, a Operação Fake Truck, destinada a desarticular uma organização criminosa especializada na receptação qualificada e adulteração de sinais identificadores de veículos de carga. A ação ocorreu em Goiânia e Goianira e resultou no cumprimento de dez mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão.

As investigações tiveram início após a recuperação de um caminhão furtado em outro estado, encontrado parcialmente desmontado dentro de um galpão utilizado como centro clandestino de adulteração. No local, os policiais identificaram fortes indícios de estruturação da atividade criminosa, como chassis com numerações suprimidas, grande quantidade de peças automotivas, ferramentas usadas na adulteração e objetos pessoais ligados aos investigados.

“A quadrilha presa na data de hoje consiste, em tese, em indivíduos com divisão de tarefas. Um elemento era o líder e outros dois tinham funções subalternas na adulteração”, afirmou o delegado Alexandre Netto em entrevista ao Jornal Opção.

Com o avanço das diligências, a polícia identificou endereços utilizados pelo grupo para desmontagem, manipulação e redistribuição de caminhões furtados em diferentes estados do país.

Durante a operação desta quarta-feira, dois galpões empregados como centros de adulteração foram localizados, ambos contendo peças e equipamentos compatíveis com o modus operandi mapeado ao longo da investigação. “Os galpões eram depósitos onde os caminhões eram armazenados. As adulterações eram feitas por soldagem especializada”, acrescentou o delegado.

Como era o comércio

Questionado sobre os destino final dos veículos, o delegado afirmou que resta descobrir a destinação dos veículos adulterados. “A princípio, imaginamos que o comércio era em Goiás e outras unidades da federação”, destacou Alexandre.

Até o momento, dois caminhões furtados ou suspeitos de adulteração já foram identificados ao longo da investigação.

A ação contou com o apoio da Polícia Técnico-Científica, responsável por análises periciais para rastrear a origem interestadual dos veículos, identificar adulterações e consolidar provas para fortalecer o inquérito. A Derfrva destacou que as medidas cumpridas nesta fase são essenciais para interromper as operações da quadrilha e viabilizar a responsabilização completa dos envolvidos.