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Uma mulher está internada em estado grave no Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) após ser baleada na madrugada desta sexta-feira, 25, por um policial militar em Jussara, a cerca de 226 km de Goiânia. Segundo a corporação, a vítima não teria atendido uma determinação da equipe para parar o veículo durante abordagem. Família contesta essa versão da Polícia Militar (PM). A assistente jurídico Rose Soares da Silva, de 35 anos, recebeu dois disparos, sendo que um está alojado.

De acordo com a ocorrência da PM, a qual o Jornal Opção teve acesso, uma equipe foi acionada após receber informação de que o sistema de monitoramento de uma agência bancária da cidade não estaria funcionando e que acusava disparo interno de alarme. Em seguida os policiais se deslocaram pela Avenida Marechal Rondon e visualizou o veículo que a vítima conduzia.

Um dos policiais teria determinado que a motorista Rose parasse o carro, o que não teria acontecido. Conforme relato da ocorrência, a mulher teria arrancado bruscamente o carro, o que justificou os dois disparos da PM. A corporação ressalta que não conseguiu visualizar os ocupantes do veículo.

Após os disparos, o veículo parou 50 metros depois do local da abordagem. Nesse momento, desembarcou do carro o subtenente Nilton Cesar Rosa Pereira, amigo de infância da vítima, que estava como passageiro. A vítima foi conduzida inicialmente para o Hospital Municipal de Jussara e depois para o Hugol, na Capital goiana. Já o carro para o pátio do 32º Batalhão.

Entretanto, a família contesta a versão da PM. Ao Jornal Opção, o sobrinho dela, Júnior Carmo, afirmou que a vítima mora no Rio de Janeiro e foi passar as férias na casa mãe, em Jussara. Ela marcou de assistir ao jogo da seleção brasileira contra a Sérvia nesta quinta-feira, 24, com o policial militar Nilton Pereira em um bar da cidade.

Conforme relato do familiar, no momento que a vítima e o policial retornaram de carro para a casa foram surpreendidos com os disparos. À reportagem, ele contou que a viatura da PM estava com os faróis desligados e a equipe não teria pedido para que a motorista parasse o carro para realizar a abordagem e logo já dispararam os projéteis. A Polícia Civil ainda não havia começado as investigações até a finalização desta reportagem, segundo informações da corporação à reportagem.

O Jornal Opção entrou em contato com a PM para comentar essa versão da família, mas a assessoria de imprensa da corporação não havia respondido aos questionamentos até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para novas manifestações.