Um grupo do Primeiro Comando da Capital (PCC), responsável por recrutar novos membros para a facção paulista em Goiás e no Distrito Federal, foi alvo de uma operação da Polícia Civil do DF nesta sexta-feira, 17. A corporação cumpre 11 mandados de prisão preventiva e 11 mandados de busca e apreensão no estado goiano e na capital federal.

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A ação faz parte da segunda fase da Operação Saturação, deflagrada em 18 de novembro de 2022. As diligências focam áreas estratégicas, como Ceilândia, Gama, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo 2, Samambaia, São Sebastião e Padre Bernardo (GO). A ação também teve cumprimento de mandados de prisão preventiva em estabelecimentos prisionais de Brasília.

A operação foi realizada após a corporação monitorar os investigadores, que foram  identificados como integrantes ativos da facção. Eles são responsáveis por estabelecer condições para o desenvolvimento e a expansão do PCC na capital federal, bem como fazer “batismos” (procedimentos para entrada dos novos faccionados).

O cumprimento dos mandados é coordenado pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor). O Núcleo de Fiscalização do Sistema Penitenciário do Ministério Público do Distrito Federal (Nupri) e a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) também participam da operação. 

Cerca de 50 agentes da Polícia Civil do DF, inclusive integrantes da Divisão de Operações Especiais (DOE), atuam na força-tarefa. Os investigados podem responder pelo crime de organização criminosa e, se condenados, podem pegar uma pena de até 13 anos de prisão.