Goiano é alvo de operação da PF que investiga fraude no INSS no valor de R$ 11,9 milhões

04 outubro 2023 às 09h23

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Um grupo de servidores públicos suspeitos de fraudar mais de R$ 11,9 milhões com falsos beneficiários do Seguro-Desemprego foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira, 4. Ao todo, a corporação cumpre sete mandados de prisão preventiva e um mandado de prisão temporária, além de 13 ordens judiciais de busca e apreensão.
Conforme a corporação, os suspeitos fraudaram ao menos 12 mil requerimentos de auxílio. A PF acredita que o prejuízo poderia ter chegado a R$ 19 milhões caso o esquema não fosse neutralizado. Os mandados são cumpridos em Goiás, Mato Grosso, Pará, Amapá e Maranhão. Veja cidades:
- Jataí (GO) – Um mandado de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva;
- Cuiabá (MT) – Um mandado de busca e apreensão;
- Sinop (MT) – Dois mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva;
- Macapá (AP) – Um mandado de busca e apreensão;
- Parauapebas (PA) – Um mandado de busca e apreensão;
- Redenção (PA) – Seis mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva;
- São Luís (MA) – Um mandado de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva.
As investigações tiveram início em outubro de 2022, depois que a área de inteligência trabalhista do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) identificou a liberação irregular de benefícios do Seguro-Desemprego, que tinha a participação de servidores públicos e pessoas localizadas em algumas unidades da Federação.
O modo de agir do grupo criminoso, de acordo com a PF, consistia no recrutamento de servidores públicos vinculados ao Sistema Nacional de Emprego (SINE), com promessa e pagamento de propina, a fim de que eles inserissem informações falsas no sistema do MTE ou emprestassem as senhas para que outras pessoas o fizessem.
A partir daí, parcelas indevidas do Seguro-Desemprego eram pagas a laranjas, que repassavam parte do valor recebido indevidamente aos orquestradores do esquema criminoso. O grupo é investigado por crimes de estelionato, corrupção ativa, inserção de dados falsos em sistema de informações e associação criminosa (ou organização criminosa).