Família de homem morto a pauladas pede justiça

11 outubro 2023 às 10h26

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A família do ajudante de descarga Milton Gomes da Silva rebateu as acusações do grupo de jovens que confessou ter matado o homem por ele, supostamente, ter mostrado o pênis para crianças. Milton foi morto a pauladas e pedradas na madrugada de domingo, 8, após ter a casa invadida, em Aparecida de Goiânia.
Quatro jovens, de 18 e 21 anos, foram presos na segunda-feira, 9, sendo que dois ainda continuam foragidos. A família da vítima afirma que a atitude do grupo foi “covarde” e que o homem foi morto por um crime que não cometeu.
“O Milton era um homem trabalhador, honesto. Isso [acusações sobre abuso] é mentira., não é da origem do meu irmão. A gente sabe da índole dele. Ele bebia, mas esse tipo de coisa ele não fazia. Queremos justiça”, afirmou a empresária e irmã de Milton, Elisângela Gomes da Silva.
Já a mãe do ajudante de descarga, Elza Maria Ribeiro, explicou que o filho fazia uso de medicamentos controlados. A mulher também reforça a fala de Elizângela, de que o filho foi assassinado de forma injusta.
“Ele era doente, não era o que estão dizendo. Estou sofrendo, quero Justiça pelo que aconteceu”, disse.

Plano foi orquestrado em bar
A decisão de cometer o crime, conforme os próprios suspeitos informaram em vídeos gravados pela Polícia Militar (PM), aconteceu enquanto eles ingeriam bebidas alcoólicas em um bar. Depois de orquestrar o plano, o grupo se dirigiu até a casa do homem, que foi morto e ainda fotografado pelos suspeitos que compartilharam as imagens pelo WhatsApp.
Três dos suspeitos foram presos em casa e o quarto foi encontrado e detido na Rodoviária de Goiânia, enquanto tentava embarcar em um ônibus para fora do estado.
“A gente estava no bar e o rapaz mostrou o penis para a criança. A gente viu e matou ele. Foi eu e os meninos ai [outros suspeitos]. Todo mundo entrou [na casa] e bateu nele com pau e tijolo. Não tinha ninguém na casa, só ele. Fizemos isso porque ele é jack, ficava mostrando o penis para crianças”, afirmou um dos suspeitos, de 18 anos.
Os presos foram conduzidos para o Grupo de Investigação de Homicídios de Aparecida de Goiânia, onde foram autuados em flagrante por homicídio qualificado. Caso sejam condenados, a pena pode chegar a 30 anos de prisão.

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