Caso Amanda Partata: viúvo não impediu esposa de comer bolo envenenado porque se sentiu constrangido

04 janeiro 2024 às 12h08

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O constrangimento de desapontar a advogada Amanda Partata, de 31 anos, fez com que o viúvo da idosa Luzia Tereza Alves, João Alves Pereira, não a impedisse de comer o bolo envenenado pela até então gestante, Amanda. A mulher e o filho, Leonardo Pereira, ex-sogro da advogada indiciada por duplo homicídio, morreram após comerem os doces em um café da manhã em família, em Goiânia.
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O envenenamento aconteceu no último dia 17 de dezembro, quando Amanda, que fingia ser gestante, foi até a casa da família do ex-namorado levando um café da manhã, com pão de queijo, biscoitos, suco e bolos de pote. Três dias depois, Amanda foi presa, quando negou ter cometido o crime.
João prestou depoimento à Polícia Civil (PC) dez dias após o crime, em 27 de dezembro. O viúvo deu detalhes sobre o último café da manhã que tomou com a esposa e o filho, antes deles morrerem. João afirmou ainda que só não comeu o bolo por ter diabetes.
Durante o depoimento, o idoso revelou que a esposa também tem diabetes e, por isso, pensou em pedir que Amanda não desse o doce para Luzia. Entretanto, não teve coragem de desagradar a advogada e ex-namorado do neto. João também disse que viu a esposa e o filho “agonizarem de dor”, depois de comerem os bolos envenenados.
Perícia comprou veneno
O veneno da nota fiscal é o mesmo encontrado nos alimentos que a suspeita serviu às vítimas no dia do crime e nos cadáveres analisados pelo Instituto Médico Legal (IML), conforme a Polícia Técnico Científica.
De acordo com a PC, a advogada comprou 100 ml do veneno, quantidade suficiente para as vítimas. O laudo da perícia apontou que a substância foi colocada em dois potes de doces.