O presidente do União Brasil (UB), Antônio Rueda, pode ser um dos alvos da Operação Carbono Oculto, da Polícia Federal (PF), após a corporação apurar que aeronaves executivas do político estão registradas em nomes de terceiros e em fundos de investimentos investigados pela polícia. A investigação apura a infiltração da facção criminosa do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos setores financeiros e de combustível. 

O vice-presidente do partido, ACM Neto, surge então como possível substituto de Rueda na presidência do União Brasil devido à sua posição de destaque dentro do partido e à experiência política consolidada como ex-prefeito de Salvador e atual líder com influência nacional. Caso o presidente da legenda venha a se afastar em decorrência da investigação da PF, a direção da sigla precisará indicar um novo presidente para manter a estabilidade interna e preparar o partido para decisões estratégicas, incluindo alianças e campanhas eleitorais.

Segundo a investigação, uma das aeronaves do presidente partidário é registrada na companhia Táxi Aéreo Piracicaba (TAP), um Cessna 560XL de matrícula PRLPG. O veículo de Rueda possui registro na empresa Magik Aviation, que tem os mesmos donos da entidade Bariloche Participações S.A, as instituições foram alvo da Operação Sisamnes que investigava a venda de sentenças do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 2017.  

A TAP atua há mais de 35 anos e é uma companhia conhecida por fretar aeronaves privadas e utilizada por diversas figuras do alto escalão da política brasileira com mandato. O nome de dois investigados aparece na lista de serviços da empresa, o Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, e Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”. Em resposta, Rueda afirma que as acusações são falsas e nunca teria comprado as aeronaves. 

O nome de Roberto Leme também foi associado ao presidente do Partido dos Progressistas (PP), Ciro Nogueira, que teria encontrado Beto, segundo apuração do ICL Notícias. A informação foi confirmada pela agência com a entrevista do piloto Mauro Caputti Mattosinho que trabalhou na TAP e relatou ter transportado uma caixa de papelão com dinheiro vivo para Beto no mesmo dia que teria um encontro com o senador. 

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