Herondes Cezar

O cavalo palomino Trigger (1932-1965) começou sua carreira no cinema em 1938, sendo montado por Olivia de Havilland no filme “As Aventuras de Robin Hood”.

Ele se chamava Golden Cloud (Nuvem Dourada) e pertencia à empresa Hudkins Stables, que alugava cavalos e equipamentos para filmes de faroeste de Hollywood.

Os cowboys de faroestinhos tinham seu cavalo como um parceiro importante em seus filmes. O de Tom Mix foi Tony, o de Gene Autry, Champion, o de Rex Allen, Koko, e assim vários outros.

Roy Rogers, que procurava um cavalo para ser seu parceiro nos faroestinhos que ia estrelar a partir de 1938, gostou de Golden Cloud e o comprou por 2.500 dólares.

O nome Trigger (Gatilho) foi sugerido por Smiley Burnette, companheiro de Roy Rogers nos seus dois primeiros faroestinhos. Burnette achou que Golden Cloud era “rápido no gatilho”.

Olivia de Havilland montada em Trigger, no filme “As Aventuras de Robin Hood” | Foto: Reprodução

Trigger apareceu em todos os faroestinhos de Roy Rogers, desde o primeiro, “Sob as Estrelas do Oeste” (1938), assim como nos 101 capítulos da série de TV “The Roy Rogers Show” (1951-1957).

A partir do filme “Missão Perigosa (1943), Trigger recebeu crédito na tela, sempre com destaque. Seu nome aparecia imediatamente após o nome de Roy Rogers.

Trigger foi apelidado de Smartest Horse in the Movies (O Cavalo Mais Inteligente do Cinema).

Roy Rogers demonstrou seu carinho por Trigger ao declarar: “Quando eu morrer, tirem a minha pele e me ponham sobre o velho Trigger, e estarei feliz”.

Em 1965, quando Trigger morreu, Roy Rogers, que tinha um restaurante em Los Angeles, mandou empalhá-lo e o expôs na frente do restaurante.

Herondes Cezar, crítico de cinema, é colaborador do Jornal Opção.