Há 26 anos, brasileiros tinham primeiro contato com um programa infantil da TV Cultura que marcaria uma geração por muitos motivos, mas também pelo conteúdo educativo

“Uma
Lava outra, lava uma
Lava outra, lava uma mão
Lava outra mão, lava uma mão
Lava outra mão
Lava uma

Depois de brincar no chão de areia a tarde inteira
Antes de comer, beber, lamber, pegar na mamadeira
Lava uma (mão), lava outra (mão)
Lava uma, lava outra (mão)
Lava uma.”

Uma geração com acesso à TV Cultura cresceu enquanto acompanhava as aventuras de Zequinha (Fredy Allan), Biba (Cinthya Rachel) e Pedro (Luciano Amaral) no castelo de Nino (Cássio Scapin). Desde o dia 9 de maio de 1994 até 24 de dezembro de 1997, foram 40 episódios divididos em quatro temporadas de muita diversão, descobertas e ensinamentos.

Parte da trilha sonora do programa Castelo Rá-Tim Bum é inesquecível para os adultos que passaram a infância ligados na produção do canal paulistano. Uma delas, “Lavar As Mãos”, poderia até ser usada em campanhas informativas sobre medidas básicas de prevenção contra o contágio do novo coronavírus no Brasil.

Quem não se lembra do “lava uma mão, lava outra, lava uma” do refrão da canção composta e cantada por Arnaldo Antunes? Em alguns momentos criticado e em outros comemorado, o ex-titã tem uma longa carreira solo na literatura e na música. Mas talvez tenha marcado a vida de muitas pessoas hoje com idade em torno dos 30 a 40 anos com os versos interpretados no Castelo Rá-Tim-Bum. Para alguns, muito mais do que “O Pulso” nos Titãs.

“Depois de brincar no chão de areia a tarde inteira
Antes de comer, beber, lamber, pegar na mamadeira
Lava uma (mão), lava outra (mão)
Lava uma, lava outra (mão)
Lava uma

A doença vai embora junto com a sujeira
Vermes, bactérias, mando embora embaixo da torneira
Água uma, água outra
Água uma (mão), água outra
Água uma.”

A música marcou tanto a programação da TV Cultura, que volta e meia ela reaparece na grade da emissora e de outros canais públicos de São Paulo e do Brasil.

O teor educativo da música, que ensina o básico da higiene pessoal, que é lavar as mãos com água e sabão, costuma ganhar regravações de grupos que fazem apresentações de músicas para um público mirim e seus pais e mães. É o caso do Palavra Cantada, Barbatuques e do Tiquequê, que já utilizaram a canção em discos e apresentações ao vivo.

“A segunda, terça, quarta, quinta e sexta-feira
Na beira da pia, tanque, bica, bacia, banheira
Lava uma mão, mão, mão, mão
Água uma mão, lava outra mão
Lava uma mão
Lava outra, lava uma.”

Enquanto lava as mãos em casa ou onde estiver depois de ler este texto, quero ver se consegue para de cantarolar “Lava uma (mão), lava outra (mão)/Lava uma”.