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Morte foi registrada como insuficiência cardíaca, em 2006. Ao todo, 11 pessoas defendem nova investigação sobre o caso

Foto: Wikimedia Commons


Novas revelações podem causar uma grande reviravolta em torno da morte James Brown, lendário cantor considerado o “pai do soul”. Uma reportagem da rede de TV norte-americana CNN aponta indícios de que o cantor, que morreu em 2006, aos 73 anos, possa ter sido assassinado. A suspeita recai também sobre a morte de sua terceira esposa, Adrienne Brown, 10 anos antes.

“Há questões legítimas sobre a morte de James Brown, que só podem ser respondidas por uma autópsia e uma investigação criminal”, escreve o jornalista da CNN Thomas Lake. Desde a morte, 11 pessoas já manifestaram o desejo por novas investigações, incluindo LaRhonda Pettit, filha de Brown, e o genro Darren Lumar.

Entre os denunciantes na reportagem, está o médico que assinou o atestado de óbito de Brown. Ele afirmou à CNN que desconfiou da rapidez da deterioração do corpo de Brown e também de sua morte repentina, um dia depois ter ser recuperado de uma pneumonia. “Ele mudou muito rápido. Era um paciente que eu nunca teria previsto com esse quadro. Mas ele morreu e eu levantei a questão: o que deu errado naquela sala?”, analisou.

Crawford revelou ainda que uma enfermeira disse a ele que resíduos de drogas foram encontrados em um tubo respiratório. “Alguém poderia ter dado a ele uma substância ilícita que levou à sua morte”, cogita. O médico ainda comentou que solicitou uma segunda autópsia no corpo do músico, mas uma das filhas dele, Yamma, recusou.

A CNN também obteve registros sobre o caso de Adrienne Brown. Um informante teria garantido que um médico confessou na época ter assassinado a mulher, de então 45 anos.

A investigação começou em 2017, quando uma cantora chamada Jacque Hollander insistiu com a emissora de que teria informações sobre a morte de Brown. Ela, inclusive, apontou que eles trabalharam juntos na década de 1980 e que o cantor a estuprou em 1988.

Apesar de nunca ter feito denúncia, Hollander reuniu evidências contra Brown, principalmente documentos e fitas em um período de 30 anos. Ela ainda alegou ter sofrido ameaçada caso falasse alguma coisa.