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Um bombardeio israelense nesta sexta-feira, 5, destruiu um edifício residencial de 14 andares na Cidade de Gaza, a maior da Faixa de Gaza. Conhecido como prédio Mushtaha, ele era o segundo mais alto da região.

O Exército de Israel assumiu a autoria do ataque e afirmou que o local era utilizado pelo grupo militante Hamas para organizar operações contra suas tropas. Segundo os militares, medidas prévias teriam sido tomadas para tentar reduzir os impactos sobre civis da região.

O ataque ao prédio Mushtaha

Imagens registradas pela agência Reuters mostram três mísseis de alta precisão atingindo a base do edifício, provocando seu colapso. O prédio ficava ao lado de um campo de refugiados palestinos, onde centenas de tendas estão instaladas.

Testemunhas relataram que o bombardeio foi visto por centenas de pessoas nos arredores. Moradores da Cidade de Gaza também informaram que outros arranha-céus foram atingidos nesta sexta-feira.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou que 30 palestinos foram mortos em ataques israelenses durante o dia, sendo 20 apenas em Gaza.

Ofensiva sobre Gaza

Desde 10 de agosto, Israel mantém uma ofensiva concentrada na Faixa de Gaza. De acordo com um porta-voz militar, cerca de 40% da cidade estaria sob controle das tropas israelenses. Antes do início do conflito, aproximadamente um milhão de pessoas viviam na região.

O início do conflito

Os bombardeios de Israel tiveram início em 7 de outubro de 2023, após homens armados do Hamas invadirem o sul de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas, em sua maioria civis, e sequestrando 251 reféns levados para Gaza, segundo números oficiais israelenses.

Em resposta, Israel lançou ataques em larga escala contra o território palestino. Desde então, mais de 64 mil palestinos morreram, incluindo mulheres e crianças. Grande parte da região, densamente povoada, encontra-se em ruínas, e a população enfrenta uma grave crise humanitária, com a fome sendo usada como arma de guerra.

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