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Um terremoto de forte intensidade atingiu neste sábado, 13, a costa leste da península de Kamchatka, no Extremo Oriente da Rússia. Segundo o Centro Alemão de Pesquisa em Geociências (GFZ), o tremor teve magnitude 7,1 e ocorreu a cerca de 10 km de profundidade. Já o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) estimou magnitude maior, de 7,4, com profundidade de 39,5 km, a aproximadamente 110 km da cidade de Petropavlovsk-Kamchatsky.

O abalo levou o Sistema de Alerta de Tsunami do Pacífico a emitir inicialmente um aviso de risco, posteriormente cancelado. No Japão, a Agência Meteorológica informou que não havia perigo de tsunami e não chegou a disparar qualquer alerta.

Terremoto Kamchatka, na Rússia • Serviço Geológico dos EUA – USGS

Até o momento, não há relatos de mortos ou feridos, nem de danos estruturais significativos. A baixa densidade populacional da região, formada por áreas remotas e de difícil acesso, pode ter contribuído para minimizar os impactos diretos.

A península de Kamchatka está localizada em uma das zonas sísmicas mais ativas do planeta, no chamado “Círculo de Fogo do Pacífico”, onde o choque de placas tectônicas gera terremotos frequentes e intensa atividade vulcânica. O evento ocorre poucas semanas após outro tremor muito mais forte, registrado em 29 de julho, quando um terremoto de magnitude 8,8 sacudiu a mesma região e levantou preocupações globais sobre a possibilidade de tsunamis devastadores.

Especialistas alertam que abalos dessa magnitude, mesmo sem causar grandes estragos imediatos, podem gerar réplicas (aftershocks) e aumentar a pressão sobre falhas geológicas próximas, elevando os riscos para a população local e para a infraestrutura costeira.