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O prefeito Carlos Manzo, da cidade de Uruapan, no estado mexicano de Michoacán, foi assassinado a tiros durante um evento público neste sábado, 1. Segundo as autoridades, duas pessoas foram presas e um dos atiradores morreu no confronto. O crime ocorreu em uma região marcada pela violência do crime organizado, que há anos aterroriza produtores e comerciantes locais.

Uruapan é conhecida por ser o principal polo de exportação de abacate para os Estados Unidos, o que atrai a atenção de cartéis de drogas e grupos de extorsão. Facções como o Cartel Jalisco Nueva Generación (CJNG) e La Nueva Familia Michoacana disputam o controle do território e foram classificadas pelo governo dos EUA como “organizações terroristas estrangeiras”. A atuação dessas gangues levou produtores a criarem grupos armados de autodefesa para tentar conter a escalada da violência.

Manzo, que assumiu o cargo em setembro de 2024, vinha denunciando publicamente as ameaças do crime organizado e chegou a patrulhar as ruas com colete à prova de balas. Em suas redes sociais, alertava que “todos estavam expostos” e pedia reforço da segurança federal. O governo mexicano informou que ele recebia escolta desde dezembro e que o apoio havia sido ampliado em maio deste ano, com 14 agentes da Guarda Nacional designados para sua proteção. Mesmo assim, o prefeito se tornou mais uma vítima da crise de segurança que assola Michoacán.