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O Japão obteve nesta terça-feira , 4, a aprovação da Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA), um órgão vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU), para seu plano de liberar no oceano a água radioativa tratada da usina de Fukushima, que foi destruída por terremoto e tsunami em 2011. De acordo com o jornal Nikkei ação deve começar em agosto, apesar das objeções da China e de alguns moradores locais.

Após análise de dois anos, a AIEA declarou que os planos do Japão estão em conformidade com os padrões globais de segurança e teriam um “impacto radiológico insignificante para as pessoas e o meio ambiente”. O governo japonês afirma que o processo é seguro, pois a água – suficiente para encher 500 piscinas olímpicas – foi tratada após ser usada para resfriar as barras de combustível da usina de Fukushima, danificada pelo terremoto e pelo tsunami de 2011.

Os sindicatos de pescadores japoneses têm se oposto ao plano há muito tempo, argumentando que ele prejudicará os esforços para restaurar a reputação dos produtos alimentícios japoneses após vários países terem proibido sua importação após o desastre de 2011. Uma petição das regiões próximas à usina já reuniu mais de 250 mil assinaturas desde que o plano foi inicialmente proposto.

Alguns países vizinhos também expressaram preocupações ao longo dos anos sobre os impactos ambientais e de saúde pública, sendo a China a principal crítica. Através de sua embaixada no Japão, a China declarou que o relatório da AIEA não pode ser uma “carta branca” para a liberação da água e pediu a suspensão do plano.