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O exército israelense anunciou neste domingo, 31, que matou Abu Obeida, o porta-voz do braço armado do Hamas. O anúncio foi feito em reunião do Gabinete Israelense de Segurança, que atualmente discute a ofensiva em algumas das áreas mais populosas de Gaza. Segundo o Wall Street Journal, não há planos para negociar um cessar-fogo, de acordo com uma autoridade que falou sob condição de anonimato porque não estava autorizada a falar com a mídia.

A última declaração do porta-voz Abu Obeida (cujo nome real é Hudahaifa Kahlout) foi emitida na sexta-feira, 29, quando Israel iniciava os estágios iniciais da nova ofensiva e declarava a Cidade de Gaza uma zona de combate. Sua declaração foi de que os militantes do Hamas fariam o possível para proteger os reféns vivos, mas alertou que eles estariam em áreas de conflito. Ele afirmou que os restos mortais dos reféns mortos “desapareceriam para sempre”.

O exército israelense disse que o porta-voz estava por trás da divulgação de vídeos mostrando reféns, bem como imagens do ataque liderado pelo Hamas que deu início à guerra, em outubro de 2023. Naquela ocasião, o Hamas sequestrou 251 pessoas e matou cerca de 1.200, a maioria civis, no sul de Israel.

Uma ‘armadilha mortal’ na busca por comida

Pelo menos 43 palestinos foram mortos desde sábado, 30, a maioria na Cidade de Gaza, segundo hospitais locais. O Hospital Shifa, o maior do território, informou que 29 corpos foram levados ao necrotério, incluindo 10 pessoas mortas enquanto buscavam ajuda e outras atingidas por tiros espalhados pela cidade. Autoridades do hospital relataram outras 11 mortes em ataques e tiroteios. O Hospital Al-Awda informou que sete delas eram civis tentando obter ajuda.