Na manhã desta segunda-feira, 23, Israel atacou novamente a instalação nuclear iraniana de Fordow, de acordo com a agência estatal de comunicação iraniana, a Tasnim. A planta de enriquecimento de urânio é o mesmo local que foi bombardeado por aeronaves dos Estados Unidos da América (EUA) na noite deste último sábado, 21. 

A instalação fica a cerca de 100 km de Teerã, capital do Irã, e era um dos três locais cruciais do programa nuclear iraniano. Após o bombardeio norte-americano, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou, em entrevista com jornalistas no Pentágono, que o programa nuclear foi “severamente prejudicado”.

Os ataques norte-americanos foram feitos com o uso de bombas de penetração com o estopim atrasado chamadas de “Bunker Busters”. O explosivo usado consegue penetrar até 60 metros de profundidade antes de detonar a ogiva.  Apesar do ataque, é esperado que nenhum material radioativo deva ser expelido para a atmosfera, segundo fontes iranianas, o urânio foi retirado do local e escondido em outra instalação.

De acordo com autoridades israelenses, o alvo principal do ataque foi uma estrada que dá acesso à base nuclear.

Outro alvo bombardeado pelas forças israelenses foi a notória prisão de Evin, em Teerã, que, segundo Israel, guarda os “inimigos do estado iraniano”. 

Enquanto as trocas de bombardeio ocorrem, o presidente dos EUA, Donald Trump, especula nas redes sociais sobre uma possível troca de regime no Irã para um governo simpatizante do Ocidente. 

Caso ocorra, essa seria a segunda vez que os EUA fariam uma alteração no governo iraniana, o primeiro evento ocorreu em 1953 com a deposição do primeiro ministro eleito democraticamente, Mohammad Mosaddegh, para o retorno do monarca Mohammad Reza Pahlavi, apenas para ser deposto na revolta popular de 1979, conhecida como a Revolução Iraniana. 

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