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Em meio a escalada de tensões entre os Estados Unidos da América (EUA) e o Brasil, o Governo Lula (PT) está para enviar a réplica sobre a investigação comercial do Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), uma autarquia sob o comando do gabinete do presidente Donald Trump, nesta segunda-feira, 18. Em julho, a USTR havia aberto um processo para apurar possíveis táticas desleais do governo brasileiro em desfavor de empresas norte-americanas, como a criação do Pix, as leis de defesa da propriedade intelectual e o mercado de etanol. 

A resposta vem logo após o governo do republicano acirrar as relações dos dois país por sancionar autoridades do Ministério da Saúde (MS) envolvidas no programa Mais Médicos com o cancelamento dos vistos — a medida também atingiu a mulher e a filha do ministro Alexandre Padilha. Segundo Washington, o programa do governo federal é um mecanismo de financiamento do governo cubano, ao qual é alvo de sanções econômicas dos EUA desde a década de 60, contudo, outras nações que também recebem os profissionais, como a Itália, não foram atingidas pelas medidas. 

Investigação norte-americana

Pelo argumento da Casa Branca, as empresas de tecnologia de Big Tech e de pagamento eletrônico afirmam que enfrentam um cenário comercial desonesto no Brasil, tanto sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal de responsabilizar as empresas pelos conteúdos como o procedimento sobre o Pix. 

Além deste ponto, a autarquia do governo dos EUA afirma que a diminuição das tarifas levou a uma competitividade comercial desleal entre as duas nações, como as altas tarifas do etanol dos EUA. Por fim, afirmam que o Brasil é omisso na defesa de propriedades intelectuais criadas por empresas dos EUA.  

Resposta brasileira

A réplica deve incluir os argumentos do governo brasileiro sobre os assuntos citados na investigação. Por outro lado, pode se ausentar sobre outras questões, como as sobretaxas de 50% impostas para produtos brasileiros e as sanções diplomáticas de ministros do STF e do MS.

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