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A família de Juliana Marins, brasileira que morreu após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, entrou com pedido judicial para realização de uma nova autópsia no Brasil. O corpo segue no país asiático, aguardando translado.

Segundo Mariana Marins, irmã da vítima, a solicitação foi feita com apoio da Defensoria Pública da União (DPU-RJ), após articulação com o Gabinete de Gestão Integrada de Segurança de Niterói. O pedido foi enviado à Justiça Federal, mas o Plantão Judiciário recusou decidir, repassando a responsabilidade ao juiz natural do caso.

A primeira autópsia foi realizada em Bali no dia 26. O laudo indicou múltiplas fraturas e lesões internas como causa da morte. Juliana teria sobrevivido cerca de 20 minutos após o trauma. A família, no entanto, criticou a divulgação do exame à imprensa antes da comunicação oficial à família.

O translado do corpo enfrenta entraves com a companhia aérea Emirates. Segundo os familiares, o voo inicialmente confirmado foi cancelado devido à suposta “lotação” no porão da aeronave. A empresa ofereceu alternativa para São Paulo, mas se recusou a garantir o transporte até o Rio de Janeiro, gerando revolta na família. A Emirates informou que apura o caso.

No sábado, 28, o governador da província indonésia de Sonda Ocidental, Lalu Muhamad Iqbal, se manifestou pela primeira vez. Em vídeo, reconheceu a precariedade da estrutura local de resgate e prometeu rever os protocolos. Ele atribuiu o atraso no salvamento à chuva e à neblina, e disse que helicópteros enfrentaram dificuldades por causa da areia no motor. Também admitiu que a equipe carecia de profissionais e equipamentos adequados.

A família segue em busca de respostas e condições para trazer o corpo de Juliana de volta ao Brasil.