A DEA (Administração de Repressão às Drogas dos Estados Unidos) aumentou a recompensa por informações que levem à prisão do chefe de Estado da Venezuela, Nicolás Maduro, para US$ 25 milhões, o equivalente a cerca de R$ 140 milhões. O anúncio foi feito pela agência nesta segunda-feira, 29, por meio de postagens nas redes sociais em inglês e espanhol.

Anteriormente fixada em US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 56 milhões), a recompensa foi elevada em meio à imposição de novas sanções econômicas contra Maduro, oficializadas na última sexta-feira pelo governo dos Estados Unidos. A DEA solicita informações anônimas que ajudem não apenas a localizar o líder venezuelano, mas também a produzir provas que possam resultar em sua condenação. As denúncias podem ser enviadas por e-mail, segundo a agência.

Maduro é acusado pelas autoridades americanas de liderar o chamado “Cartel de Los Soles”, organização criminosa composta por militares de alta patente venezuelanos, que atuaria no envio de grandes quantidades de cocaína para os Estados Unidos e a Europa desde 1999. Ele é considerado procurado pela Justiça dos EUA desde 2020, quando passou a ser investigado junto com outras 14 pessoas.

O novo aumento da recompensa ocorre dias após os Estados Unidos declararem oficialmente que “Maduro não é o presidente legítimo da Venezuela”. Em nota divulgada no domingo, 27, o secretário de Estado Marco Rubio afirmou que o regime chavista “manipulou o sistema eleitoral por anos” e que o pleito de 2024 careceu de transparência e legalidade.

A declaração marca o aniversário de um ano da controversa proclamação da reeleição de Maduro, feita por um conselho eleitoral acusado de favorecer o chavismo. Desde 2013 no poder, o líder venezuelano assumiu o governo após a morte de Hugo Chávez e vem enfrentando crescente isolamento diplomático e acusações de violações de direitos humanos.

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